Meu nome é Toninho e os sintomas da AR começaram a 25 anos, vinham algumas crises com espaço de 30 ou 60 dias, os médicos receitavam anti-inflamatórios e analgésicos. Quando me mudei para Jundiaí, uma médica me pediu uma série de exames e foi diagnosticado a AR.
Comecei a usar o medicamento prescrito, cloroquina, mas não surtiu efeito, 2 anos depois me foi receitado o Metrotexato junto com Prednisona e também não tive melhoras. O pior é que a Prednisona me trouxe diabetes, tempos depois foi trocado o medicamento para o Arava, que também não resolve, tenho muitas crises, tanto nos pés como nas mãos, já tive crises nos pés e mãos ao mesmo tempo.
Essas crises duram em média 20 dias ou mais, vivo sempre indo ao pronto socorro e lá me aplicam Tramadol, para tentar amenizar as dores. Minha médica me deu atestado de afastamento do trabalho por 90 dias, mas quando fui ao INSS fazer a perícia a médica que me examinou negou o afastamento, alegando que eu tinha condições de trabalhar.
Nesse momento estou com forte crise nas mãos, estou digitando esse depoimento com o único dedo que dói menos, fico com depressão pois não consigo amarrar os tênis, vestir uma meia, abotoar uma camisa, escovar os dentes, cortar um alimento no prato, o pior é não poder nem usar um papel higiênico, nem dirigir meu carro, usar a maçaneta da porta, além de conviver com pessoas que não entendem minha doença e limitações.
É complicado explicar para as pessoas que não podem te apertar suas mãos, elas não entendem, isso acontece muito na minha igreja, os irmãos vem me cumprimentar e se esquecem do meu problema, familiares também não sabem a gravidade e sofrimento, minhas mãos e pés ainda não sofreram deformações, mas sei que vem com o tempo, vou ser vovô em 5 meses e não sei se poderei brincar com minha netinha. As vezes choro escondido.
Não desanimem, a dor é grande, as vezes insuportável, mas temos que ter fé e Deus e nos médicos, a família e amigos podem não nos entender, mas não desanimem.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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