O excesso de crescimento dos seios causa uma série de sintomas e desconforto para as mulheres, como dor na coluna, no ombro, alergia no sulco inframamário e problemas de autoestima. A obesidade é uma das principais causas desta alteração, além de hereditariedade e distúrbios hormonais.
Apenas em 2020 foram realizadas 1,3 milhão de cirurgias plásticas no Brasil, de acordo com um levantamento realizado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica. Do total, 105 mil foram mastopexias – procedimento para reposicionar ou reduzir os seios, sendo a quinta cirurgia estética mais realizada no ano.
O Projeto de Lei 1756/2021, em trâmite na Comissão de Seguridade Social e Família, na Câmara dos Deputados, prevê que o Sistema Único de Saúde (SUS) realize cirurgias de mastopexia – para a redução das mamas – em pacientes com indicação médica e que comprovem não ter condições financeiras de realizar o procedimento de forma particular. Esta cirurgia já é realizada atualmente em serviços de residência em cirurgia plástica.
Mastopexia em L – Uma técnica em expansão, chamada de mastopexia em ‘L’, é capaz de reduzir o tempo dessas cirurgias e oferece a cicatriz horizontal até 65% menor para as pacientes, de acordo com o cirurgião especializado em cirurgia plástica, Dr. Adel Bark Jr. “Usando essa metodologia, podemos eliminar a marca entre as mamas e permitir que a mulher escolha roupas sem se preocupar com esse sinal. A menor incisão reduz o tempo de sutura, o que também diminui o tempo de centro cirúrgico e a exposição da paciente”, afirmou.
O procedimento é indicado para pacientes que desejam levantar ou mudar a forma dos seios, seja por questões de saúde, estética ou de bem-estar. A cicatriz reduzida é levada em consideração na escolha do procedimento cirúrgico para pacientes que, por exemplo, sofrem com o peso das mamas ou por terem o seio muito reduzido.
É o caso da estudante Isadora Pelacini, de 18 anos, que fez a mastopexia redutora em L agora em 2022, devido ao excesso de volume das mamas. “Afetou muito minha coluna e me deixou com a postura errada. Eu sentia dores nos ombros e, o principal, minha autoestima estava afetada. Não me sentia bem daquela forma, não conseguia usar uma blusa mais justa, decotes ou vestidos; não me sentia bonita”, conta. Isadora afirma que a escolha pela mastopexia em L, além de todas as vantagens, trouxe mais segurança e satisfação. “Traz mais liberdade na hora de escolher as roupas, especialmente no verão. Estou maravilhada com o resultado e muito mais feliz a cada dia”.
Adel Bark Junior traz em seu currículo mais de três mil cirurgias de mastopexia utilizando a técnica da cicatriz reduzida, ou cicatriz em ‘L’. O método – que tem apresentado preferência absoluta pelas pacientes operadas devido a uma menor incisão — é uma evolução da técnica tradicionalmente realizada, que possui a incisão em formato de ‘T’ invertido.
O método foi criado pelo cirurgião plástico Hollander em 1924, na Alemanha, e replicado por cirurgiões brasileiros nas décadas de 1980 (professor Antonio Roberto Bozola) e 1990 (professor Armando Chiari Junior). Hoje é sistematizado de forma diferenciada pela primeira vez no Brasil.
Segundo Adel, atualmente, o número de cirurgiões plásticos que aplicam essa técnica no Brasil é muito baixo. “Isso porque a grande dificuldade encontrada é a marcação pré-operatória. Por ser complexa e pela individualidade de cada paciente, torna-se difícil realizar a marcação em diferentes mamas, especialmente nas volumosas e com maior queda”.
A sargento da aeronáutica, Tathyane Marcelle Oliveira Silva, de 27 anos, também realizou a cirurgia com em novembro de 2021, buscando a redução no volume das mamas e melhora na saúde. “Eu sentia dor nas costas e desconforto para fazer exercícios. Agora não sinto mais o peso dos seios e estou confortável para fazer qualquer coisa e usar qualquer roupa, mesmo as mais decotadas”, afirmou.
SISTEMATIZAÇÃO – O cirurgião Adel Bark Jr, do Paraná, conta que aos poucos eliminou a necessidade da marcação prévia e hoje aplica a técnica em casos cada vez mais desafiadores.
“Eliminando a marcação prévia conseguimos sistematizar uma maneira reprodutível de executar a técnica da cicatriz em L, tanto que, mais de 95% dos cirurgiões que a aprenderam estão realizando a cicatriz em L nas suas pacientes”, diz Adel.
A ausência de cicatriz entre as mamas não aumenta a cicatriz horizontal lateral e não prejudica o formato da mama por apresentar uma incisão menor.
CURSO – Com o objetivo de disseminar o conhecimento, o Dr. Adel desenvolveu um curso de especialização, em Curitiba, chamado “Mastopexia em L sem segredos”. Até o momento, 39 cirurgiões, todos membros da SBCP, já participaram do curso, que está indo para sua 6ª edição. Para garantir o melhor aprendizado, as inscrições são limitadas a nove alunos por turma. A última turma iniciou dia 17 de fevereiro e seguiu até sábado, dia 19, reunindo cirurgiões de diversos estados do Brasil. Ao todo, são 6 horas de aulas teóricas e 18 horas de prática, que capacitam o cirurgião para a realização da mastopexia em L.
Um dos alunos formados no curso, o cirurgião plástico Edson Neto, de Teresina/PI, afirmou que a ausência da cicatriz entre as mamas quebra um dos principais bloqueios das mulheres em relação a esse tipo de cirurgia. “O curso possibilita oferecermos uma nova opção de cirurgia para as nossas pacientes. Além disso, é muito didático e a prática nos fornece mais segurança, controle e aprendizado da técnica para ser reaplicada nas próximas cirurgias”, ressaltou o médico piauiense.
Fonte: Assessoria de imprensa.
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