Conviver diariamente com uma doença crônica que nos causa dores constantes não é nada fácil, mas o que te faz não desistir, jogar a toalha e se entregar à dor? Você já parou para pensar no que te dá forças para caminhar essa dura estrada da vida? Para algumas pessoas são os filhos, o(a) companheiro(a), família, amigos ou profissão. Os motivos são infinitos e isso depende muito de cada pessoa em particular, todos temos prioridades e sonhos diferentes e o que nos motivam para a vida.
Eu particularmente acredito muito na constante evolução humana e na nossa capacidade de constante adaptação a diversas condições e situações dessa vida, procuro sempre adaptar minhas necessidades e vontades, mas nunca deixo de fazer o que eu desejo por causa da doença, ela não pode ser o fator determinante na tomada de decisões sobre o rumo da nossa vida.
O que me motiva hoje a não desanimar e desistir é a necessidade de ajudar o próximo, me doando eu recebo em troca tudo o que eu preciso para ser feliz hoje, mesmo que muitos planos tenham sido deixados para trás por causa da doença, tive de traçar e adaptar novos planos para a minha vida, pois a vida não para depois do diagnóstico, muito pelo contrário, daí é que ela fica bem agitada, tratamentos, consultas periódicas, idas e vindas a hospitais, constrangimentos e preconceitos, tudo isso acaba sendo acrescentado à nossa rotina diária.
O que devemos fazer é não nos deixar ser conduzidos pela doença e sim conduzi-la, coloca-la em rédeas curtas, sermos rígidos com o tratamento e valorizar a nossa qualidade de vida, que é essencial, hoje eu posso dizer que apesar das limitações tenho muita qualidade de vida, mais até do que antes do diagnóstico, pois eu era bem relaxada com minha saúde, não prestava atenção aos sinais que meu corpo dava quando precisava de atenção, e hoje ao menor sinal de mudança já apita o alerta para investigar e tratar o mais precoce possível qualquer desconforto ou complicação causado pela doença ou não.
Dicas para não desanimar
- Mantenha uma rotina agradável, faça atividade física;
- Socialize com as pessoas à sua volta, converse sobre assuntos que você gosta;
- Participe de grupos presenciais ou online, onde você pode conversar com pessoas que entendam a sua condição de vida;
- Ocupe a sua mente com conhecimento, faça algum curso, se não tiver condições de frequentar algum presencial, existem muitos cursos online que são super bacanas e serão um ótimo passa tempo para você, além de conhecimento você manterá a mente ativa, longe de problemas;
- Se você não tem condições de sair, frequentar festas, marque algo com os amigos em sua casa, uma sessão de filmes, um chá da tarde, tudo é valido, além de barato o manterá em contato com as pessoas que lhe agrada e lhe faz bem.
Se você tem alguma dica que possa ajudar alguém, deixe nos comentários desse post, com certeza vai ser de grande ajuda para alguém que precisa de um incentivo a mais para continuar essa nada mole vida com AR.
Texto por: Dayane Ferreira de Melo
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Sim, mas se a doente não tem filhos , e o marido a deixou pela sua melhor amiga ? Eu tenho a minha filha mais velha,que tinha o curso dela , um bom trabalho , era muito desportista, jogava andebol na equipa Suíça…. sim , nós vivíamos na Suíça, era uma moça feliz e parecia cheia de saúde . ….quando aos 22anos começou a ter os sintomas da doença , e foi obrigada a deixar tudo ?Hoje vivemos em Portugal , a doença continua a avançar , é de artrite reumatoide depois do marido a ter trocado pela melhor “amiga ” dela , passou a ter psoriase , e agora passou a ter artrite psoriatica! Aos 28 anos pôs uma prótese numa anca…. e no dia 9 deste mês pôs outra prótese num pulso…. e como ela está não vai ficar por aqui! Já pensaram bem na revolta que ela sente , e nós pais, o que sofremos ?Nao é nada fácil, acreditem. E o pior é que muitas pessoas , mas mais os familiares não compreendem a doença dela, pensam que é imaginária, e então afastam-se…. á dias que é muito complicado, sobretudo quando ela está revoltada, porque ela até hoje ainda não aceitou a doença dela…. Boa noite a todos , e muita força …!
Ter uma doença crônica não significa que a vida acabou, nós morremos e renascemos para um novo olhar sobre a vida, no inicio é muito difícil, levamos muitos tapas na cara, decepções de quem a gente não espera, mas tudo isso serve como um filtro, a aceitação da doença é indispensável para que a gente consiga levar uma vida com mais qualidade, aprendemos a viver por nós mesmos, eu sinto muito pela sua filha e sugiro que ela busque ajuda psicologica para passar por essa fase dificil, no final, apesar das dificuldades, tudo pode ficar bem.