O novo método permite que a aplicação da terapia-alvo ocorra em apenas alguns minutos
A evolução do tratamento pode transformar a realidade dos pacientes com linfoma não-Hodgkin, um tumor linfático maligno agressivo que acomete desde crianças até idosos. No Brasil, esse tipo de câncer é responsável pela morte de mais de 4 mil pessoas por ano e terá mais de 10 mil novos casos da doença em 2016¹, segundo o INCA.
Dependendo do estágio da doença, o tratamento geralmente conta com associação de radioterapia, quimioterapia e terapia-alvo. Contudo, o uso desses aliados terapêuticos podem submeter o paciente a uma rotina desgastante e demorada, em função do longo período de tempo necessário para infusão da medicação. Para diminuir a sessão terapêutica, pesquisadores da Roche, líder mundial em inovação em saúde, criaram um novo método de administração do medicamento rituximabe, comercialmente conhecido como Mabthera®, um medicamento de prescrição médica. A nova opção permite a aplicação subcutânea do medicamento, diminuindo assim o período administração do medicamento de cerca de 2,5 horas para cerca de 5 minutos.
Recém-aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o MabThera® SC (rituximabe subcutâneo) é o primeiro anticorpo monoclonal de alta complexidade para tratamento de linfomas disponível na versão subcutânea no País. De acordo com os estudos SparkThera e Sabrina, realizados em diversos países, inclusive no Brasil, os pacientes que utilizaram a versão subcutânea se sentiram menos desgastados e mais confortáveis com a aplicação, sentindo menos dores e passando menos tempo nas clínicas/hospitais.
Segundo Lenio Alvarenga, diretor médico da Roche Farma Brasil, diminuir o desgaste físico e psicológico do paciente pode trazer importantes ganhos ao tratamento como um todo. “Sabemos que o bem-estar integral do paciente é um componente fundamental do melhor resultado clínico possível para um paciente. A chegada de MabThera® SC representa a busca constante da Roche pela inovação, seja trazendo tratamentos para necessidades médicas não atendidas ou aprimorando formas de tratamento que ajudem a melhorar a vida de pacientes em todo o mundo”, ressalta.
Consolidado no mercado nacional desde 1997, o rituximabe é um anticorpo monoclonal que ataca as células CD20 positivo – proteínas de membrana das células do linfoma. Em conjunto com a quimioterapia, o tratamento com o rituximabe aumenta a sobrevida global e sobrevida livre de doença de linfomas não-hodgkin (folicular e difuso de grandes células B).
Sobre Linfoma Não-Hodgkin
Em 1839, o médico inglês Thomas Hodgkin se deparou pela primeira vez com o linfoma. Desde então, foram descritos mais de 40 subtipos da doença, que se diferenciam pela linhagem das células e por alterações a nível molecular. Atualmente, os linfomas são classificados como de Hodgkin e não-Hodgkin. O linfoma não-Hodgkin é mais comum e apresenta mais de 20 subtipos, com evoluções distintas. Os dois subtipos mais comuns de linfoma não-Hodgkin são: difuso de grandes células B (linfoma agressivo) e folicular (linfoma indolente). Embora o tratamento dependa do estágio da doença, a terapia geralmente conta com o uso de aliados combinados, que envolvem a quimioterapia, radioterapia e terapia-alvo. Em casos mais graves, pode-se recorrer ao transplante de medula óssea. Mesmo considerada rara, o que chama a atenção dos médicos é a incidencia da doença que duplicou nos últimos 25 anos, principalmente em pessoas acima de 60 anos, entre homens e mulheres principalmente da região Sul e Sudeste do país.
Referências:
1. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/linfoma_nao_hodgkin
2. Rummel M, et al. EHA 2014; Resumo P467 (Apresentação de pôster).
3. Bula MabThera® (rituximabe) aprovada pela ANVISA em 16/10/2014; 2.Bula MabThera® SC (rituximabe) aprovada pela ANVISA em 14/12/2015
Fonte: Segs
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