Além das suspeitas de relação entre o zika vírus na gestação e a microcefalia em bebês, uma nova pesquisa aponta que o vírus pode estar provocando problemas na formação de músculos e articulações dos recém nascidos. A suspeita foi apontada pela especialista em medicina fetal Adriana Melo, que tem acompanhado a doença na Paraíba e já confirmou quatro casos de artrogripose em bebês na cidade de Campina Grande, no Agreste do Estado.
“Além da microcefalia estamos percebendo alterações musculares e articulares, doença popularmente conhecida como artogripose. Antigamente eram registrados de um a dois casos, por ano, e apenas neste mês já confirmamos quatro. Esses casos estão sendo avaliados e em duas das crianças foi encontrado material genético do zika vírus”, disse a médica Adriana Melo.
Segundo a pesquisadora, o vírus ainda pode provocar outras complicações não perceptíveis nos primeiros meses de vida. “A microcefalia chama mais atenção porque é o mais visível. Entretanto, existem outras complicações que passam despercebidas. Problemas de funções só começam a ser percebidos depois de um ano de vida. É muito cedo para dizer que existe comprovação. São indícios e precisamos acompanhar desde os sintomas até o nascimento. Isso deve demorar de um a dois anos de estudo para haver comprovação”, explicou ela,.
Casos já atingem 46,6% dos municípios paraibanos
O Ministério da Saúde divulgou um novo boletim com dados de microcefalia relacionadas ao zika vírus e mostra que os casos de mortes, na Paraíba, dobraram em relação a último balanço divulgado na semana passada, aumentando de 5 para 10. Os casos suspeitos aumentaram de 504 para 569. Até semana passada havia casos de microcefalia confirmados em 99 municípios da Paraíba. Neste novo boletim o número passou para 104, atingindo 46,6% dos municípios do estado.
Fonte: G1
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