Dores no joelho são uma das causas mais frequentes para a busca de um ortopedista. Ainda que seja comum acreditar que essas queixas venham de atletas e praticantes de exercícios físicos, é possível desenvolver algum problema nessa região mesmo durante a realização de atividades rotineiras. Sendo a maior articulação do corpo humano, o joelho certamente merece muita atenção e cuidado.
É importante, primeiramente, entender a sua estrutura. O joelho é formado por quatro ligamentos: um em cada lado (colateral medial e colateral lateral), responsáveis por evitar que ele se mexa muito para os lados, e dois internos (cruzado anterior e cruzado posterior), que impedem a movimentação excessiva para frente e para trás. Ainda, há os meniscos, estruturas que atuam como um amortecedor, e a cartilagem, tecido que recobre a ponta dos ossos, evitando o atrito entre o fêmur (osso da coxa) e a tíbia (osso maior da parte inferior da perna), e o fêmur e a patela (rótula).
O ortopedista e médico do esporte, Dr. Pedro Baches Jorge, fundador da Clínica SO.U, explica que as dores no joelho podem ser divididas em dois grupos: aquelas causadas por sobrecarga e outras geradas por lesão. “Os incômodos por sobrecarga não são oriundos de um trauma no joelho, mas, normalmente, de um desequilíbrio muscular. Já as dores geradas por lesão vêm de algum trauma sofrido, como uma entorse”.
O médico ainda diz que um dos maiores fatores de risco para dores no joelho quando não há um trauma, é o desequilíbrio muscular, que não é sinônimo de fraqueza, mas de falta de balanço entre as musculaturas dos ossos do joelho. “O glúteo controla o fêmur, maior osso do corpo humano, e a musculatura da coxa controla os outros ossos do joelho. Se existe um desequilíbrio, os ossos não trabalham de forma sinérgica como deveriam. E isso leva a dor por sobrecarga, podendo ser uma condromalácia (danos à cartilagem), uma dor patelar, uma tendinite, ou, até mesmo uma bursite do joelho”, conta Dr. Pedro.
Pessoas com desequilíbrio muscular podem estar expostas a uma lesão por sobrecarga na parte anterior do joelho, ou seja, do mecanismo extensor, até mesmo realizando atividades rotineiras, como agachar, subir e descer escadas ou uma ladeira.
Muito comum ainda é vermos casos de atletas, como jogadores de futebol, que sofrem lesões no joelho. Nesses casos, trata-se do segundo grupo de dor explicado pelo ortopedista, aquelas geradas por algum trauma, como uma entorse, que ocorrem com maior facilidade em atividades nas quais há mudança súbita de direção.
Apesar de nem sempre poderem ser evitadas, é possível que com uma musculatura glútea e da coxa mais fortalecidas, há menor probabilidade de a pessoa sofrer um trauma desse, uma vez que é uma barreira de proteção ao movimento brusco. Ou seja, mesmo para atletas, é necessário que se busque por um balanço correto entre o fortalecimento dos músculos relacionados ao joelho. Entre as lesões mais comuns neste grupo, estão do ligamento cruzado anterior, da cartilagem ou do menisco.
E quando é necessário buscar um médico? Dr. Pedro diz que após uma entorse ou um trauma, se o joelho inchou, é hora de procurar um especialista. “Existem pessoas que as vezes têm uma dor insidiosa, ou que passa e volta, ou, ainda, constante. Se não houver melhora na dor após um remédio ou repouso, ou o joelho começar a inchar, ou dificultar atividades diárias é indicado procurar um ortopedista para verificar a causa”.
A melhor forma de proteger seu joelho e prevenir uma lesão ou surgimento de dores, é cuidar do seu fortalecimento. Mesmo que a pessoa pratique atividades aeróbicas, como corrida, não pode descuidar do treino anaeróbio ou funcional. Exercícios para os glúteos, coxa e panturrilha certamente farão com que essa grande articulação funcione melhor.
Fonte: Assessoria de imprensa.
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