Em pouco menos de 60 dias, mais de 80 mil pessoas que sofrem com fibromialgia em Mato Grosso terão a primeira oportunidade concreta de iniciar um processo de busca mais consistente acerca das características dessa doença e sobre como conviver com ela sem sofrimentos. O benefício está na Lei nº 10.294 (02.07.2015), que estabelece o próximo 12 de maio como Dia Estadual de Conscientização da Fibromialgia.
Considerada a segunda causa mais comum de dor crônica no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Fibromiálgicos (Abrafibro), ela já atinge 10% da população e 80% desses casos debilitam mulheres acima dos 25 anos. Entre os transtornos que acompanham os pacientes estão distúrbios do sono, disfunção cognitiva, síndrome da fadiga crônica, síndrome do cólon irritável ou bexiga irritável, cistite, disfunção da articulação da mandíbula e dor de cabeça.
“A escolha de data específica sobre o tema significa estabelecer uma referência para reuniões, discussões e ações. É um marco, a partir do qual podem – e devem – ser realizados trabalhos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes”, observou o deputado Wagner Ramos (PSD), autor da lei. Com boa parte do seu histórico praticamente desconhecido até pela classe médica, a doença ainda é considerada incurável.
Também conhecida por Síndrome de Joanina Dognini, a fibromialgia é uma síndrome dolorosa não inflamatória, caracterizada por dores musculares difusas, fadiga, distúrbios de sono, parestesias, edema subjetivo, distúrbios cognitivos e dor em pontos específicos sob pressão – os pontos no corpo com sensibilidade aumentada.
Várias pesquisas indicam que anormalidades na recepção dos neurotransmissores são frequentes em pacientes com fibromialgia e podem ser o resultado de stress prolongado grave. Depressão e transtornos de ansiedade, especialmente o de estresse pós-traumático, são os mais comuns.
A fibromialgia está na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, também conhecida como Classificação Internacional de Doenças – CID 10, com a referência “M.79.7”. O trabalho é publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e tem como foco padronizar a codificação de doenças.
Fonte: Folha Max
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