A brincadeira virou coisa séria. O lazer de jogar tênis de mesa da catarinense Danielle Rauen se transformou em treino sério para que ela pudesse se transformar em uma atleta da modalidade. Porém, a doença degenerativa descoberta quando ela tinha quatro anos, a artrite reumatoide juvenil – patologia que causa atrofia nos músculos e degenera as articulações – a colocava em desvantagem contra seus adversários.
Com a evolução da doença, ela acabou procurando o esporte paralímpico, no qual se destacou, chamou a atenção e, desde 2013, passou a fazer parte da seleção brasileira que disputa os Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá.
A atleta conta que foi ficando cada vez mais difícil enfrentar os seus adversários sem deficiência. “Como eu comecei no tênis de mesa olímpico, eu não tinha muita chance porque o nível é muito forte. Era difícil jogar por causa da minha deficiência”, relembra.
No esporte paralímpico, ela pode enfrentar os rivais de igual pra igual. “Eu e minha mãe fomos atrás de uma classificadora para que eu pudesse participar das competições paralímpicas. Pouco depois, eu me classifiquei, principalmente internacionalmente, o que é mais importante. Comecei a gostar e vi que o esporte paralímpico é maravilhoso”, conta.
Na primeira competição, ela já encarou logo uma atleta da seleção brasileira, Jennyfer Parinos, mas mostrou que tinha potencial e passou a ser convocada. “Eu joguei contra a Jennyfer e ganhei dela no primeiro jogo. Isso me deu uma animada e eu comecei a ser chamada para treinamentos dentro da seleção. Tudo aconteceu muito rápido pra mim. Ainda não caiu a ficha, mas a felicidade veio”.
A catarinense afirma que a doença conseguiu ser controlada com medicamentos. “Ela foi estabilizada com medicamentos, que eu tomo por mês pra quimioterapia biológica. Tenho que continuar com os medicamentos e, aos poucos, vai diminuindo a quantidade. Mas acho que vou ter que continuar tomando remédios para o resto da minha vida”, disse.
O controle do processo degenerativo fez que com que Danielle se mantivesse nas disputas olímpicas, dando mais qualidade ao seu jogo no tênis de mesa. “Até hoje, eu participo de competições no tênis de mesa olímpico para pegar ritmo de jogo e experiência. Agora é que eu estou conseguindo realmente encaixar no Olímpico. Antes, era muito difícil por causa da minha deficiência”, conclui.
Fonte: Terra
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