Me chamo Janaína, sou casada tenho 43 anos e tenho o diagnóstico de Artrite Reumatoide há 8 anos. Comecei a ter dores nas pernas, dedos das mãos e cotovelos. Uma vez fui trabalhar com uma tipoia, e não sabia como tinha me machucado. Eu ia de madrugada ao Pronto Atendimento tomar remédio para dor, para conseguir trabalhar.
As vezes trabalhava o dia todo, mas no fim do dia passava no PA e era medicada para dor e assim conseguir dormir. Uma noite na faculdade, não consegui terminar a parte aberta da prova, não conseguia escrever mais. Fui ditando a resposta, enquanto a professora escrevia.
Nessa noite não dormi, quando amanheceu fui trabalhar, mas não conseguia ficar de pé. A tarde, consegui andar com apoio porém com dificuldade. Fui várias vezes ao PA, neste momento eu já estava afastada do trabalho. Meu diagnóstico veio com 3 semanas. Pra mim foi uma eternidade, hoje vejo que tive muita sorte.
Foi o maior trauma de minha vida, foram os piores dias da minha vida. Foram as piores noites da minha vida. Fiquei totalmente dependente das pessoas. Não conseguia entrar em um ônibus, escovar os dentes, pentear os cabelos, me sentar e me levantar no vaso sanitário. Ir as consultas sozinha, fazer dezenas de exames, correr atrás de medicamento, enfim, me vi totalmente dependente das pessoas, que assustadas com o diagnóstico ficavam sem entender.
Questionavam como eu podia sentir tanta dor. A dor não tem mal cheiro, a dor não sangra. As pessoas não entendem. O que mais me doía eram as pessoas dizerem: Eu tive isso, tomei chá ou tive isso e não aceitei na minha vida e sumiu. Eu tive e tomei Benzetacil. Era um verdadeiro inferno. Todo mundo já teve, todo mundo vira médico, todo mundo sabe de tudo.
Porém não imaginam nem de longe o que você está passando e sua dor. Foram longos 3 anos de afastamento do trabalho e tentativas frustadas com vários medicamentos. Fui morar com minha mãe, o que me ajudou muito. Ela cuidava de mim e acreditava na minha dor.
Até que iniciei o tratamento com Tocilizumabe e acreditem voltei a trabalhar, voltei a entrar no ônibus, tive minha vida de volta. Não percam a fé. Não gostou do médico? Procure outro. Siga a risca as orientações de seu médico, não se auto mediquem.
Hoje estou em remissão e estava devendo minha história para vocês. Um abraço grande e tenha certeza, você vai voltar a sorrir.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
É simples, preencha o formulário no link http://ow.ly/gGra50nFGJp
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