Segundo o Ministério da Saúde, a pressão alta afeta um em cada quatro brasileiros, ocupando o lugar da doença de maior prevalência na população. O maior desafio é o diagnóstico e por ser assintomática, apenas 15% da população faz o tratamento e o controle adequados. A situação fica ainda mais complicada se levarmos em consideração que 60% dos infartos e 80% dos AVCs estão relacionados a enfermidade.
“A hipertensão arterial é caracterizada basicamente por um aumento constante da pressão nas artérias do corpo. Muitos fatores estão associados e podem contribuir para o desenvolvimento da doença, que vão desde um estilo de vida não saudável até predisposição genética.
A pressão arterial elevada de forma crônica leva a um processo de remodelamento vascular aumentando o risco de ocorrência de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico”, explica Diego. A doença ainda pode prejudicar outros órgãos como os rins e olhos.
Quando é considerada pressão alta?
O indivíduo é considerado hipertenso quando a pressão arterial em repouso está acima de 130 por 80 mmHg, ou 13 por 8 em mais de uma medida.
Diego conta que para um diagnóstico preciso é necessário medir a pressão em diferentes momentos, para excluir outros fatores que podem alterar o valor, como uma sobrecarga de sal momentânea, dor moderada a importante ou um estresse emocional passageiro.
Tem cura?
Nesse caso não é usada a palavra cura e sim uma possibilidade da reversão da doença, principalmente quando ela é consequência de um estilo de vida pouco saudável (sedentarismo ou sobrepeso).
“Ter uma rotina saudável, com atividades físicas regulares, controle do peso, alimentação equilibrada, ingestão de bebidas alcoólicas com moderação, gerenciamento do estresse e não fumar são as principais medidas indicadas para melhor controle e até prevenção da pressão alta”, explica o cardiologista.
Caso a pressão não reduza com mudanças no estilo de vida, o medicamento continua sendo a melhor alternativa, mas vale ressaltar que o remédio não cura a doença e sim controla os níveis de pressão arterial.
Quais os fatores de risco?
Se alguma pessoa próxima da família tem hipertensão arterial, as chances de outro membro da família desenvolver a doença é maior. Além do fator hereditário, algumas doenças endócrino-metabólicas e vasculares também podem causar elevação da pressão arterial. Mas sem sombra de dúvidas, um estilo de vida pouco saudável é o principal responsável pela alta incidência e controle inadequado da doença.
“A obesidade, sedentarismo, dieta pouco saudável, estresse crônico, ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e o tabagismo são os grandes vilões da saúde cardiovascular”, comenta Garcia.
Quais os sintomas?
A maior parte dos pacientes são assintomáticos ou tem sintomas pouco específicos. Quando apresenta sintomas, os mais comuns são dor de cabeça, dor na nuca, cansaço, tontura e dor no peito.
Diego Garcia explica que não podemos confiar na presença dos sintomas para nos alertar que podemos estar com a pressão alta, mas temos que medir periodicamente para detectá-la precocemente.
Alimentação e pressão alta
A hipertensão não está ligada apenas a ingestão de sal acima da quantidade recomendada pelos especialistas, mas também a falta de alimentos saudáveis que poderiam auxiliar no controle. Além disso uma dieta muito calórica está associada a ganho de peso e por consequência aumento dos níveis pressóricos.
“Precisamos entender que o que fazemos em nossa vida, incluindo o que comemos, tem um impacto direto na nossa saúde, seja positivo ou não”, finaliza o especialista.
Dr. Diego Garcia é medico cardiologista com área de atuação em cardiologia geral, ecocardiografia, cardio-oncologia, medicina preventiva e medicina do estilo de vida.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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