A farmácia de alto custo de Sorocaba está há três meses sem fornecer o medicamento Levetiracetam, usado para o tratamento de crises convulsivas. A falta do remédio tem prejudicado a vida de duas crianças, de 4 e 5 anos, que precisam de doses diárias.
Mãe de um menino de 5 anos, a líder de atendimento cirúrgico Vanessa de Oliveira Pinheiro começou o tratamento para seu filho em janeiro de 2021 e contou que não é a primeira vez que o medicamento atrasa. “Já aconteceu antes. Eu sempre ligo para saber se a medicação chegou. Só que desta vez está demorando, desde outubro eu não consigo pegar”, disse.
A resposta dos funcionários da farmácia de alto custo para as mães é que não há previsão de entrega e que não sabem o motivo da falta. “Eles liberam quatro frascos do medicamento, que é para o mês. Já tive que comprar antes e agora comprei novamente. Gastei R$ 500,00 no remédio. Ainda que eu tenho condição para comprar, mas fico pensando em quem não tem, como é que faz?”, questionou Vanessa.
O que diz o Estado
Em nota, Secretaria Estadual da Saúde informa que o medicamento Levetiracetam 100mg é de responsabilidade de aquisição e distribuição pelo Ministério da Saúde e que os familiares serão comunicados assim que o órgão federal realizar as entregas e as farmácias forem abastecidas.
Segundo o Estado, os medicamentos disponibilizados nas Farmácias de Medicamentos Especializados (FMEs) são adquiridos sob demanda conforme as solicitações regionais, alguns distribuídos pelo Ministério da Saúde e outros pela pasta estadual.
Questionada sobre quantos medicamentos estão em falta, a Secretaria Estadual de Saúde respondeu que não tem os nomes dos medicamentos e que esse levantamento é realizado por meio da própria população, que entra em contato com a secretaria.
Após a resposta, foi questionado novamente quantos e quais medicamentos estão em falta na farmácia de alto custo de Sorocaba e como é feito o processo de distribuição e controle do estoque. O Estado se limitou a responder que o Ministério da Saúde tem entregado o medicamento de forma irregular e com atraso desde o ano passado e continua, até o momento, com a irregularidade em 2022 e que a pasta estadual segue cobrando o órgão federal para abastecimento da rede. (Virgínia Kleinhappel Valio)
Fonte: Jornal Cruzeiro.
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