Ao menos 11 mil pacientes com doenças crônicas que fazem uso contínuo de medicação ficaram sem receber os remédios entre 1º de janeiro e 16 de maio deste ano.
Os dados são de um levantamento do Movimento Medicamento no Tempo Certo, da Biored Brasil. A ONG, que reúne associações de pacientes de todo o país, recebeu as queixas por meio de um formulário eletrônico.
São pessoas que convivem com enfermidades como, doença de Crohn, artrite reumatoide, lúpus e osteoporose. O movimento recebeu 11.868 relatos de todos os estados e do Distrito Federal dentro do período analisado.
A lista inclui 80 medicamentos de alto custo em farmácias. Segundo a entidade, mais de 75% deles são de compras centralizadas e de responsabilidade do
Ministério da Saúde.
O infliximabe 100mg, por exemplo, chega a custar cerca de R$ 5.000 a unidade. Ele é indicado para quem vive com doença de Crohn -em maio deste ano, 512 pacientes relatam falta dos comprimidos.
Há ainda os comprimidos usados por pacientes transplantados como micofenolato de mofetila e micofenolato de sódio, que chegam a custar cerca de R$ 700 e R$180, respectivamente. Até o dia 16 do último mês, 191 pessoas não tiveram acesso
a eles.
Os relatos de falta de medicamentos cresceram gradativamente ao longo do ano. Em janeiro e fevereiro foram 2.801 reclamações. Só em março, esse número subiu para 2.400. No mês seguinte, as queixas saltaram para 3.197. E até o dia 24 de maio, 3.470 pacientes relataram não ter conseguido acesso aos comprimidos.
O Ministério da Saúde diz que “entregou ao estado de São Paulo o quantitativo para atendimento dos meses de abril e maio do medicamento infliximabe 100 mg. O quantitativo restante aguarda entrega do laboratório, prevista contratualmente para o início do mês de junho”.
Questionada sobre os outros medicamentos e as outras regiões do país, a pasta não respondeu.
Fonte: Tribuna Online.
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