Exames periódicos: Qual é a periodicidade ideal e a real importância?

Os exames periódicos são importantes medidas de cuidado com a vida e estão presentes no contexto da Segurança do Trabalho.

Programas estruturados de abordagem preventiva nos exames periódicos podem facilitar a implementação da medida em empresas privadas, bem como conscientizar a população da importância de se procurar um médico, mesmo na ausência de doenças visíveis.

Isso porque muitos dos problemas mais graves se desenvolvem de maneira branda, tornando-se cada vez mais agressivos conforme nada é feito. Uma empresa de tratamentos capilares pode adaptar sua oferta, desde que siga alguns princípios básicos.

Neste artigo, conheça quais são os procedimentos referidos, qual o seu impacto na qualidade de vida e quando realizá-los.

Quais são os procedimentos realizados?

Os exames periódicos são uma medida de prevenção contra doenças de natureza crônica, infecciosa e parasitária. Por isso, todos os procedimentos incluídos na prática são voltados às partes do organismo mais afetadas por condições como:

• Hipertensão;
• Diabetes (tipo 1 e 2);
• Anginas e infartos;
• Câncer;
• Parasitoses e infecções bacterianas;
• Doenças do trato digestivo;
• Desequilíbrio hormonal;
• Doenças do sangue.

Essas condições figuram entre as principais causas de morte natural no mundo, computando mais de 40 milhões de óbitos por ano. Para identificar condições de risco  através da predisposição genética ou estilo de vida, são realizados:

1 – Avaliação clínica

A avaliação clínica é a fase inicial no diagnóstico de algum problema, um procedimento que consiste na conversa entre médico e paciente, a fim de reunir informações sobre seus hábitos alimentares, presença de dores e desconfortos ou exposição ao risco.

Além do diálogo, o médico pode realizar alguns exames físicos, a depender de sua especialidade, que se baseiam no toque para detecção de anormalidades. Medições de pressão arterial, de circunferência abdominal e peso também fazem parte da avaliação.

A partir da avaliação médica, uma clínica de exames ocupacionais pode encaminhar o paciente para outros procedimentos mais específicos, visando oferecer um panorama completo sobre sua saúde.

2 – Exames laboratoriais

Os exames laboratoriais acontecem pela coleta de fluídos corporais como sangue e urina, enviados para análise em centros especializados, que identificam a presença de patógenos ou a concentração de substâncias essenciais para o funcionamento do organismo.

Através dos exames laboratoriais, é possível detectar com rapidez uma ampla gama de doenças, desde viroses até quadros iniciais de câncer. Os procedimentos que se encaixam nesta categoria e podem ser definidos como exame periódicos, são:

• Hemograma completo;
• Urina tipo 1 – exame EAS;
• Colesterol e triglicerídeos;
• Glicemia;
• Medição de PSA (Antígeno Prostático Específico);
• Medição de TGO e TGP.

Um exame admissional de sangue pode gerar resultados em pouco tempo após a realização, com resultados que são combinados com outros exames, descritos na lista acima. Eles abordam o funcionamento do sistema digestivo, imune, renal e reprodutivo.

3 – Ginecologia e urologia

Para indivíduos em idade reprodutiva ou fases de risco para o desenvolvimento de câncer, são submetidos aos procedimentos da ginecologia (para as mulheres) e da urologia (para os homens). Afinal, o câncer de mama e próstata são os que mais matam no mundo.

Os exames periódicos de ginecologia incluem o papanicolau, um processo de raspagem do colo do útero, onde equipamentos específicos são introduzidos no canal vaginal para coletar muco e vestígios do tecido do órgão, a fim de identificar infecções.

O papanicolau pode diagnosticar doenças sexualmente transmissíveis, infestações fúngicas ou bacterianas causadas pelo desequilíbrio químico e hormonal, problemas degenerativos na região e deformações causadas por condições graves como o câncer.

Além do papanicolau, a mamografia é o principal exame de prevenção contra o câncer de mama, mais comum entre as mulheres, que representam mais de 90% dos casos. Tamanha incidência explica a obrigatoriedade destes exames periódicos para a população feminina.

No caso da urologia, o principal exame periódico para essa classe é a medição de PSA, a sigla traduzida como Antígeno Prostático Específico. O tecido prostático, posicionado logo abaixo da bexiga, se modifica de acordo com a produção da proteína PSA.

Conforme o indivíduo envelhece, a região da próstata aumenta de tamanho, um fenômeno benigno que sustenta a maior concentração de PSA nos exames ocupacionais, analisados em laboratório, de homens com idade maior que 45 anos.

O câncer de próstata também expande o tecido prostático, o que aumenta a produção de PSA. Por isso, o exame que mede sua concentração faz parte do conjunto de práticas que previnem e detectam com antecedência o aparecimento de tumores malignos.

Os exames periódicos no contexto do trabalho

Os exames periódicos se tornaram um ponto fundamental da segurança do trabalho a partir de sua inserção no código legal brasileiro, através do decreto nº 6.856 de 2009, regulamentando a realização de exames médicos no trabalhador.

Apesar de ser uma normativa dedicada aos servidores públicos, o documento serviu de base para muitos avanços nos direitos do trabalho, expandindo a medicina do trabalho em procedimentos admissionais, demissionais e ocupacionais.

Na indústria, a importância dos exames periódicos se intensifica, posto que muitos processos de fabricação acontecem em condições insalubres. A possibilidade de avaliar a saúde do profissional em toda a sua estadia é vital para sua proteção e da empresa.

Setores de serviços que trabalham com a intervenção no corpo ou mente humana, como as clínicas de preenchimento facial, também implementam exames admissionais e demissionais para avaliar as condições de trabalho de seus contratados.

Os resultados desses exames, desde que haja autorização legal de uso, podem solucionar litígios trabalhistas e estabelecer acordos entre organizações e profissionais, o que significa uma desoneração de cunho jurídico para todas as partes envolvidas.

Abordagem preventiva na saúde humana 

A mudança de paradigma na atividade médica, de uma abordagem corretiva para preventiva, foi o grande passo para a melhoria na saúde e das projeções de longevidade da população, que apresentam tendência de crescimento na maior parte dos países. 

A abordagem preventiva da medicina, manifesta como os exames de ultrassom, permite a identificação de hábitos diários e condições ambientais involuntárias que podem colocar a vida do paciente em risco, visualizando um cenário de longo prazo.

Considerando que grande parte dos problemas crônicos se desenvolvem com o tempo, a abordagem preventiva é a melhor forma de reduzir os índices das doenças mais mortíferas do planeta na população.

Os exames periódicos fazem um mapeamento dos focos de risco para a aparição dessas doenças. Fatores como a alimentação, a qualidade do ar respirado nas grandes metrópoles, os níveis de estresse, questões de saneamento básico e fatores inatos são destacados.

Faz parte do ramo de exames de rotina medidas mais modernas como a análise genética, que permite identificar, através do sequenciamento de DNA humano, predisposições para diversos transtornos, adaptando o cuidado.

Qual é a periodicidade recomendada?

A maior parte dos exames de rotina devem ser realizados em um período de seis meses, mas é necessário considerar fatores ambientais que alterem a oferta dessas consultas no ambiente de trabalho.

Diversas normas ligadas à segurança do trabalho tratam da periodicidade estipulada para cada procedimento médico, permitindo às empresas organizar seus cronogramas com antecedência, incluindo ações de conscientização como comida low carb delivery.

Exames semestrais

Os exames semestrais são aqueles de ordem biológica, feitos para detectar a presença de infecções virais, fúngicas, bacterianas, bem como parasitoses, formando as medidas de prevenção contra infestações no ambiente de trabalho.

Neste contexto, exames de fezes, urina e sangue podem ser incluídos, bem como coletas de muco em testes rápidos para detecção de doenças virais contagiosas, que atacam, em geral, o aparelho respiratório, aumentando o risco de transmissão.

Exames anuais

Os exames anuais são mais voltados para doenças provocadas por condições ambientais, não vinculadas à ação de patógenos. Danos ligados aos ossos, músculos e órgãos internos, bem como condições crônicas são abordados com frequência anual.

Os exames periódicos que medem a intensidade de substâncias como a glicose e as gorduras, fazem parte do processo de desenvolvimento de uma abordagem preventiva da segurança do trabalho, além de identificar situações de perigo para o paciente.

Exames bienais

Os exames bienais são exclusivos para os indivíduos sujeitos à insalubridade no espaço de trabalho, submetidos a condições potencialmente danosas para sua saúde. A faixa de idade e procedimentos realizados bienalmente é maior.

Tamanha ampliação pode ser justificada, em parte, pela natureza de alguns exames. Certos procedimentos exigem um intervalo maior na consulta ao médico, uma vez que podem prejudicar a saúde do indivíduo caso realizadas excessivamente.

Considerações finais

Os exames periódicos cumprem especificações técnicas, são de custo reduzido e geram um grande impacto sobre a qualidade de vida da população. Sejam estes implementados no ambiente de trabalho ou por iniciativa própria, são ideias para manter a saúde.

Com procedimentos que avaliam múltiplos focos do organismo, os exames periódicos representam uma abordagem ampla e integrada do corpo humano, considerando o impacto que cada função exerce sobre as demais.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.