A atividade física promove a manutenção da densidade óssea, segundo pesquisa realizada na USP
Alguns minutos diários na esteira podem fazer diferença na qualidade dos ossos de mulheres na menopausa – fase da vida feminina marcada por diversas modificações orgânicas, especialmente a falta dos hormônios reprodutivos, que podem causar perda de massa óssea e osteoporose. Estudos realizados no Laboratório de Bioengenharia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, mostram que dietas balanceadas são importantes, mas a prática de atividade física é essencial para a manutenção dos ossos após a menopausa.
A pesquisadora Ana Paula Macedo, responsável pelo estudo da USP, conta que avaliou vários parâmetros (massa corporal, densidade mineral e resistência óssea ao impacto) em animais sedentários e aqueles submetidos à prática de corridas em esteiras. Alguns deles receberam ainda dietas ricas em gordura. Mas, como resultado final, o exercício físico foi a condição que mais impactou na manutenção da saúde dos ossos.
Apesar das dietas ricas em gorduras diminuírem o conteúdo mineral ósseo, a influência da dieta não foi tão significativa sobre a desmineralização dos ossos, diferentemente do treinamento físico, que melhorou todas as variáveis estudadas por Ana Paula. “Acreditamos que essa diferença esteja relacionada ao tempo de dieta assim como o tempo total de duração do experimento”, diz a pesquisadora.
Mesmo assim, os animais que receberam alimentação rica em gordura apresentaram, ao final do estudo, maior porcentual de gordura global e redução do conteúdo mineral do osso da tíbia quando comparados aos animais treinados nas esteiras.
Esses resultados são experimentais. O trabalho usou ratas ovariectomizadas (ovários retirados cirurgicamente) para simular a falta de hormônios da menopausa. Mas, tomando por base os últimos estudos sobre o tema, Ana Paula Macedo garante que “dietas balanceadas são importantes e a prática de atividade física é essencial para a manutenção óssea após a menopausa”.
(com Jornal da USP)
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