A osteonecrose acomete mais homens e tem cigarro e álcool como fatores de risco; pós-cirúrgico requer um mês de uso de andador IG
A osteonecrose da cabeça femoral, doença que acometeu o youtuber PC Siqueira, 34, é mais comum em homens e costuma surgir entre os 20 e 50 anos, sendo mais frequente aos 40, conforme explica o ortopedista Gabriel Mendia, especialista em cirurgia do joelho e quadril.
“A doença é o inicio de um processo degerativo do quadril, como se fosse o começo de uma artrose, na qual o osso fica necrosado [morto] por falta de circulação sanguínea. Acomete 4 homens para 1 mulher”, afirma.
O youtuber postou em rede social que estava com o quadril e cabeça do fêmur “100% necrosado”. “É uma doença degenerativa rara. Claro que tinha que ser comigo”, escreveu. Recentemente, ele passou por cirurgia no quadril e já teve alta hospitalar.
Segundo o ortopedista, a causa pode ser idiopática, ou seja, sem um motivo identificado, mas as mais comuns são consequência de uma lesão traumática, uso prolongado de corticoide e anemia. São considerados fatores de risco o cigarro, o uso crônico de álcool, HIV, distúrbios de coagulação e gravidez, além de haver um componente genético. “Tudo isso pode alterar o suprimento sanguíneo da cabeça femoral”, explica.
A cabeça femoral é a parte de cima da coxa, onde o femur articula com o quadril. “O osso tem que ser irrigado, é um tecido vivo. Quando tem alteração na circulação, vai necrosando e alterando toda a sua morfologia”, diz.
Os principais sintomas são dor, limitação de movimentos e dificuldade para andar, de acordo com Mendia. O paciente descobre que tem a doença quando tem dor no quadril. A investigação é feita por meio de ressonância magnética.
O médico frisa a importância de procurar um ortopedista especializado em quadril para que a doença possa ser identificada em seu estágio inicial e não progrida. “Existe chance de se evitar uma cirurgia”.
Nesse caso, é feita a descompressão do quadril. O procedimento consiste em fazer um corte no osso por onde passa uma broca de 7mm para diminuir a pressão. “Caso essa descompressão não seja feita, toda a morfologia da cabeça do femur vai se alterar e será preciso fazer cirurgia com colocação de prótese do quadril”, explica.
Ele ressalta que depois dos procedimentos, tanto cirúrgico quando não cirúrgico, haverá um acompanhamento do paciente. “Conforme esse suprimento sanguíneo vai se restabelecendo, o paciente está praticamente curado”.
A cirurgia para colocação de prótese dura em torno de 1h30. Após a operação, a reabilitação requer uso de andador por cerca de um mês, para recompor a musculatura, além de fisioterapia por cerca de três meses. “Toda cirurgia tem risco, mas trata-se de uma das cirurgias mais seguras e com melhor resultado na ortopedia”, afirma.
Fonte: Agora RN.
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