Ontem eu conheci uma mocinha que entrou sorridente e disse: “espero que eu não precise mais procurar outro médico!”
Pelo jeito dela falar, já sabia que ela tinha algum diagnóstico sério e que não estava mais em fase de investigação.
O caso dela começou aos 15 anos (a arterite de Takayasu adora as mulheres jovens).
Ela me contou que sofria de fortes dores na barriga a noite, intermitentes, que iam e vinham, aleatoriamente. Foi algumas vezes ao PS e era tratada como gases.
Numa dessas idas, com uma dor muito intensa e refratária, foi realizada uma tomografia que mostrou acometimento da artéria aorta por vasculite.
Desde então, ela seguiu investigação, confirmou a doença, iniciou tratamento e vem bem controlada dessa vasculite!
A arterite de Takayasu ou síndrome do arco aortico é uma vasculite dos vasos sanguíneos grandes (os grandões que a gente tem no corpo – mostro fotos no stories).
Nas vasculites, a parede (explico na fotinha) do vaso sanguíneo fica inflamada e espessa, e por conta disso, o espaço que tinha pro sangue fluir livre diminui. Por causa disso, os sintomas são típicos da redução do fluxo sanguíneo naquele local.
Por exemplo, na artéria carótida pode dar embaçamento na visão, cegueira e até um derrame (chamamos de AVE isquemico). Na artéria renal pode dar pressão alta (bem alta!) e todas as suas complicações.
Fora essas artérias, ela pode acometer várias outras, e os sintomas são relacionados a falta do oxigênio naquele órgão que não recebe mais a irrigação.
Tem tratamento e a doença fica bem quietinha! Inicialmente a gente precisa do corticoide pra apagar o fogo, porque como pega artérias muito nobres, não podemos perder nenhum tempo, pra não deixar sequelas.
Na sequência usamos os imunossupressores e, se necessário, lançamos mão dos imunobiológicos.
Já tinha ouvido falar esse nome diferente?
#REPOST @lorenza.silverio
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