Quando o sistema imunológico ataca o próprio corpo, acabam aparecendo as chamadas doenças autoimunes. Essas doenças podem surgir também em decorrência de fatores como pré-disposição genética, influências do meio ambiente, interferências de substâncias químicas, exposições à radiatividade, mudanças alimentares e outros fatores desencadeantes. Entre as doenças autoimunes podemos citar como exemplo a diabetes tipo 1, a tireoidite de Hashimoto, o lúpus, o vitiligo e a esclerose múltipla.
A Doença de Crohn tem relação com inflamação, sistema imunológico e intestino. Na verdade, ela é uma irritação crônica de todo o trato digestivo, mas se manifesta geralmente no íleo terminal, que é uma parte do intestino delgado, e no cólon. É mais comum em pessoas na entre 20 e 40 anos, mas pode se manifestar em qualquer faixa etária, além de atingir tanto homens quanto mulheres.
Como é uma inflamação, o tecido do intestino fica comprometido inteiramente. Os sintomas incluem dores na região abdominal, diarreia, febre, perda de peso e enfraquecimento. A fraqueza é provocada porque o intestino deixa de absorver os nutrientes dos alimentos com eficiência.
Quando a doença já está mais avançada, pode provocar outros sintomas como dores nas articulações, aftas, feridas na pele, nódulos avermelhados e doloridos, inflamações nos olhos, pedras nos rins e na vesícula. Em casos ainda mais graves, há rupturas intestinais.
Como já deu para perceber, são muitos os sintomas que podem indicar a presença da Doença de Crohn, e infelizmente muitas vezes esses sintomas são ignorados – a pessoa acha que tem um “intestino ruim” e não tem noção do que pode estar por trás disso.
É fundamental procurar ajuda médica se houver qualquer suspeita. Esse profissional, depois de ouvir seu histórico de saúde, vai pedir para que você faça alguns exames clínicos, de imagem e de sangue, que podem ajudar a fechar um diagnóstico.
Infelizmente, ainda não existe cura para a doença. O tratamento, no entanto, promete aliviar os sintomas e trazer uma melhor qualidade de vida ao paciente – a intervenção cirúrgica é recomendada para os casos mais graves, quando há obstrução intestinal, hemorragias, fístulas e doença perineal. No caso da leitora que nos pediu para falar sobre o tema, a cirurgia vai ser necessária – um dos motivos é que ela demorou a ser diagnosticada.
Além dos tratamentos com remédios e cirurgias, o paciente precisa adotar hábitos saudáveis de vida e eliminar aqueles que podem provocar novas crises. Deve-se parar de fumar, começar a praticar atividades físicas moderadas, identificar alimentos que provocam irritações e evitar o consumo desses itens, controlar o peso, evitar situações de stress, deixar de consumir alimentos gordurosos e ricos em fibra, e sempre procurar ajuda médica ao ver sinais de sangue nas fezes.
Fonte: MegaCurioso
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