De acordo com um novo estudo da Universidade de Harvard, nos EUA, mulheres com dificuldade para dormir podem ter maior risco de desenvolver diabetes tipo 2.
22% mais risco
Os cientistas usaram dados de 133.353 mulheres que eram geralmente saudáveis no início do estudo. Durante 10 anos de acompanhamento, 6.407 casos de diabetes tipo 2 foram relatados.
Os pesquisadores analisaram quatro problemas de sono: dificuldade autorrelatada de dormir ou manter o sono, roncos frequentes, duração do sono de menos de seis horas e apneia do sono (ou dormir em turnos).
A dificuldade autorrelatada em dormir foi associada com maior índice de massa corporal, menos atividade física e mais hipertensão e depressão.
No entanto, mesmo após o ajuste para estas e outras características de saúde e comportamentais, a dificuldade em dormir ainda foi associada a um risco aumentado em 22% para o diabetes tipo 2.
Em comparação com as mulheres sem problemas de sono, as com duas das condições de sono tinham o dobro do risco de ter diabetes, e as com todos os quatro tinham quase quatro vezes mais risco de desenvolver a doença.
Por quê?
Segundo o principal autor do estudo, Dr. Frank B. Hu, professor de nutrição e epidemiologia na Universidade de Harvard, problemas do sono estão associados com excesso de secreção de dois hormônios: a grelina, que aumenta o apetite, e o cortisol, que aumenta o estresse e resistência à insulina. Ambos estão ligados a problemas metabólicos que magnificam o risco de diabetes.
O Dr. Hu aponta que não é só quantidade de sono, mas a qualidade também que está ligada a estes riscos de saúde.
Fonte: Hypescience
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