Confundida com dor nas costas, espondilite anquilosante tem em média sete anos de atraso no diagnóstico
No dia mundial da doença (7 de maio), especialistas alertam sobre importância de se consultar com um especialista em reumatologia para tratamento correto
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 80% da população mundial sofrerá ao menos um episódio de dor nas costas na vida. Diante da alta incidência, é importante estar alerta, pois a dor nessa região pode ser sintoma de uma doença mais grave, como a Espondilite Anquilosante (EA), que pode levar à deformação da estrutura óssea e, cujo diagnóstico demora em média 7 anos para acontecer por desconhecimento dos sintomas.
A espondilite anquilosante é uma doença reumatológica crônica que causa inflamação na coluna vertebral e nas articulações que ligam o final da coluna aos ossos da bacia, afetando principalmente os quadris e ombro e nos casos mais graves deixando o paciente com o aspecto curvado. O principal sintoma da espondilite anquilosante é uma dor persistente, por mais de três meses. Pode começar com uma simples dor nas costas ou nas nádegas e evoluir, chegando a causar dificuldades para a pessoa se movimentar.
Muitas vezes é confundida com dores na coluna, na ciática ou até mesmo hérnia de disco. Como não há cura para a doença, quanto mais cedo for diagnosticada, menor será sua progressão e maior será a qualidade de vida do paciente.
Os homens têm três vezes mais chances de desenvolver a EA e de forma mais grave2, especialmente entre os 20 e 40 anos, afetando diretamente a qualidade de vida em idade produtiva. O fator genético pode explicar a maior prevalência entre os homens, porém, a espondilite anquilosante não tem causa conhecida.
Consultar-se com um médico reumatologista é fundamental para a identificação correta do problema. “O diagnóstico tardio é um dos grandes desafios quando se fala no tratamento da doença, já que se perde muito tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico correto”, explica o Dr. Marcelo Pinheiro, reumatologista da Escola Paulista de Medicina.
Ainda não há cura para a espondilite anquilosante, no entanto com o tratamento adequado, mudança de estilo de vida, prática de exercícios físicos e fisioterapia, o paciente poderá levar uma vida normal, sem dores.
Os medicamentos biológicos são indicados apenas aos pacientes que não apresentam boa resposta ao tratamento convencional4, que incluem terapias para alívio da dor e anti-inflamatórios. Algumas dessas terapias já estão disponíveis no Brasil e outras em fases avançadas de desenvolvimento ou aprovação junto às autoridades reguladoras5, como é o caso do secuquinumabe, medicamento biológico com indicação para espondilite anquilosante.
Quando suspeitar de Espondilite Anquilosante?
Pessoas que sentem muitas dores nas costas podem prestar atenção a alguns sintomas. O ritmo da dor é uma das dicas. Em geral, a dor piora após longos períodos de repouso ou à noite e melhora com o exercício. Além disso, o despertar pode ser mais problemático, com rigidez matinal superior a 30 minutos, além de quadros de rigidez após períodos sem movimento.
- Dores que começam antes dos 40 anos;
- Dores que persistem por mais de três meses (crônicas), iniciam de forma leve e vão piorando com o tempo;
- Aparecimento de manifestações nas articulações
- Queixas que envolvem olhos, intestinos ou pele;
- História familiar de dor nas costas e espondilite.
Fonte: Novartis do Brasil
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