Em 2016, a ONG Save The Children realizou o estudo global “State of the world’s mothers”, avaliando os lugares onde a saúde das mulheres mães estão em melhor nível. O relatório apontou que o Brasil ainda tem muito o que melhorar e colocou o país em 77º entre 179 países estudados. Já são mais de 30 anos desde a criação do PAISM (Programa de Assistência Integral à Saúde Mulher) no Brasil e desde então registram-se avanços.
Em 1990, a mortalidade materna era de 140 por mil nascidos vivos. Em 2011, foram estimadas em 69 por mil nascidos vivos. Contudo, a saúde feminina vai além das questões maternas, são muitos os outros pontos que merecem atenção especial deste público.
No Dia Internacional da Luta Pela Saúde da Mulher, comemorado neste 28 de maio, é importante que observemos as diferenças que o organismo feminino proporciona com o passar dos anos, e o que estas acarretam. Dentre elas, a menopausa talvez seja a mais conhecida e discutida, muitas vezes sem as informações mais precisas.
“A menopausa, em resumo, corresponde ao fim das menstruações espontâneas e pode ser confirmada após doze meses consecutivos sem qualquer período menstrual. Trata-se de um processo biológico natural e perfeitamente normal da vida da mulher. Este período assinala o fim da fertilidade. No mundo ocidental, a idade média em que as mulheres atingem a menopausa é de 51 anos, podendo ocorrer entre os 40 e os 58 anos. Alguns casos ocorrem muito precocemente, e outros são mais tardios”, explica Andres Zapata, Gerente da Área Médica da Pfizer Consumer Healthcare.
“Embora seja um processo normal, as alterações associadas à menopausa apresentam importante impacto em diversos aspetos da vida da mulher, podendo fazer desta etapa um período bastante difícil. No caso dos ossos, após atingir o pico de massa óssea (perto dos 30 anos), a perda óssea pode variar de 0,3% a 0,5% ao ano. Mulheres na pós-menopausa apresentam uma diminuição acelerada que pode ser até 10 vezes maior, sendo que nos primeiros 5 a 10 anos que seguem a última menstruação essa perda pode ser de 2% a 4% ao ano”.
Os números mostram que a perda de densidade óssea é uma questão que merece atenção de mulheres de praticamente todas as idades, contrariando a usual ideia de esta ser uma questão ligada exclusivamente às pessoas idosas. “A osteoporose é a principal causa de fraturas na população acima de 50 anos.
É uma doença silenciosa que afeta especialmente as mulheres na pós-menopausa e tem elevada taxa de morbimortalidade. Contudo, não é possível realizar a recuperação da densidade óssea perdida, apenas freá-la. É importante reforçar que o principal objetivo do tratamento da osteoporose é a prevenção das fraturas.
Quando falamos na manutenção de um osso saudável, os cuidados precisam vir muito antes do desenvolvimento de um quadro de osteoporose. O ideal é que as mulheres, bem antes de entrarem na menopausa, iniciem uma rotina de reposição de cálcio, de consumo de suplementos e alimentos como leite, soja e brócolis”.
Além da reposição de cálcio no corpo, exercícios podem ajudar o organismo a prevenir os efeitos da Osteopenia e da Osteoporose. Podemos listar alguns muito simples como a musculação (que aumentam a força e a massa muscular, melhoram o equilíbrio, a coordenação motora, a postura e a resistência muscular, que também se reflete no suporte aos ossos); a dança (que também favorece o desenvolvimento da coordenação motora e proporciona mais resistência física); Pilates (ajuda a melhorar a postura e desenvolver mais equilíbrio, o que contribui para a diminuição de quedas); e atividades como corridas, natação e caminhadas (as atividades de impacto são fundamentais para o fortalecimento dos tendões e ossos).
Também é importante que o exame de densitometria óssea (que avalia a saúde do osso) entre na rotina das mulheres. Aliás, não apenas este exame precisa fazer parte da rotina médica das mulheres. “O Papanicolau, o ultrassom transvaginal e a mamografia são outros exames essenciais.
Não podem nunca serem deixados de lado e precisam ser realizados periodicamente. As mulheres, em especial, também precisam estar atentas aos exames que acompanham a tireoide e carência de nutrientes essenciais. Os exames sanguíneos são sempre importantes. Sempre que possível, também deve-se atentar aos marcadores metabólicos e inflamatórios, os PCR’s, que emergiram nos últimos tempos como a melhor ferramenta clínica para a detecção de riscos cardiovasculares”.
Reforçando que todas ferramentas disponíveis precisam estar acompanhadas de uma rotina saudável para a prevenção adequada de doenças. “É importante para as mulheres aliar os exames a uma dieta rica em vitaminas e sais minerais como cálcio, exercícios físicos regulares, gerenciamento de estresse, moderação de cafeína e álcool e sono de qualidade”, aponta.
Ainda há muito a ser feito no campo da prevenção e do autocuidado. Embora as doenças crônicas estejam entre as mais comuns e dispendiosas de todos os problemas de saúde, elas também estão entre as mais evitáveis. A prevenção de doenças crônicas, para ser mais eficaz, deve ocorrer em múltiplos setores e em toda a expectativa de vida dos indivíduos. A prevenção abrange atividades de promoção da saúde que estimulam a vida saudável e limitam o início das doenças crônicas.
“O autocuidado é um hábito e uma cultura para toda a vida, é a ação que os indivíduos tomam para si e suas famílias para se manterem saudáveis e cuidar de condições menores e de longo prazo, com base em seus conhecimentos e informações disponíveis, e trabalhando em colaboração com profissionais de saúde e assistência social quando necessário”.
A rotina das mulheres é difícil e cheia de desafios. Por isso é ainda mais importante para elas estarem atentas para as pequenas ações do dia a dia que podem evitar grandes problemas no futuro. Caminhando neste sentido, em todo dia 28 de maio teremos cada vez menos obstáculos na plena “Luta Pela Saúde da Mulher” em todo o mundo.
Fonte: Assessoria de Imprensa Ideal Hks
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