Artrose afeta 10 milhões de brasileiros (ou 5,2% da população nacional), segundo a pesquisa ‘Osteoartrite: Cenário atual e tendências no Brasil’. Hoje em dia sabe-se que a artrose é uma doença muito séria que não está relacionada ao processo de envelhecimento, como se acreditou por muito tempo. Segundo a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, por exemplo, existe relação entre os níveis irregulares de glicose nos diabéticos e o risco maior de desenvolver a inflamação nas dobradiças do joelho. O colesterol em excesso também adora atacar as juntas.
O que os especialistas ainda não conseguiram estabelecer é uma relação direta entre as moléculas de LDL e o incômodo articular, mas pesquisas já sugerem certas ligações. Os níveis elevados dessa gordura estão associados à obesidade, e o tecido adiposo, que cresce com o aumento de peso, passa a produzir várias substâncias prejudiciais às articulações: “Quando nós, fisioterapeutas, pensamos em artrose, o raciocínio nos leva a uma série de interpretações, tais como a redução do espaço articular, a degeneração dos tecidos e das superfícies intra-articulares, instabilidade, bloqueio articular, dor e impotência funcional”, declara Eduardo Cadidé, fisioterapeuta do Instituto Physio Center, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Um programa fisioterapêutico criado há 8 anos, em Fortaleza, pelo Instituto de Tratamento da Coluna, o chamado método de Reconstrução Músculo Articular (RMA), informa Cadidé, vem sendo bem-sucedido no tratamento da artrose e outros problemas da coluna vertebral, como as hérnias de disco: “Ele é constituído de 4 etapas, que são o trabalho nas mesas de tração eletrônica e de descompressão dinâmica – que devolvem o espaço intervertebral -; uma técnica australiana de estabilização vertebral – devolve o controle motor e permite a proteção da coluna, principalmente no que se refere ao movimento -; terapia manual – que restabelece a mobilidade articular perdida, mediante criteriosa avaliação física e funcional -; e, finalmente, o Pilates.
De acordo com o especialista, o tratamento possibilita a recuperação de três aspectos que ele considera importantes: “Espaço, estabilidade e mobilidade articular. O objetivo é proporcionar aos pacientes ainda uma espécie de ‘blindagem’ da coluna vertebral – não confundir com rigidez, pois funcionalidade é sinônimo de movimento, liberdade e flexibilidade, sem dor -, a fim de evitar que toda a reorganização promovida pelo RMA seja desarrumada novamente”.
Instituto de Tratamento da Coluna (ITC) – Rua Gildásio Amado, 55, grupo 901. Tels.: (21) 2492-4004 e 3596-2703.
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