O Dia Nacional da Luta Contra o Reumatismo, é marcado pelo 30 de outubro. Foi criado para mostrar à população a importância do diagnóstico precoce e tratamento das doenças reumáticas. Dados divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que existem, no Brasil, mais de 15 milhões de pessoas acometidas por doenças reumáticas.
O Dr. Jayme Fogagnolo Cobra, reumatologista e coordenador do Serviço de Reumatologia do Hospital Assunção, da Rede D’Or São Luiz, explica que é extremamente importante que a população entenda que não se trata de doenças que acometem apenas os idosos, pois os sintomas começam a dar sinais ainda em adultos a partir de 30 anos.
Pouca gente sabe, por exemplo, que tendinites de repetição, problema tão conhecido de jovens que passam muito tempo no computador, incômodos persistentes nas costas e até mesmo dores que duram por mais de três semanas sem motivos aparentes podem ser manifestações dessas doenças. “A população deve procurar um auxilio para o diagnóstico precoce, pois, quanto mais rápido, maiores as chances de um tratamento eficaz que apresenta um controle melhor da doença, reduzindo as consequências, que podem ser graves”, orienta.
O reumatismo, como é popularmente conhecido, trata-se de um vasto grupo de diferentes doenças que pode acometer pessoas em todas as idades. Chamadas de doenças reumáticas, essas enfermidades lesam principalmente as articulações, músculos, ligamentos e tendões.
De todo o grupo, composto por mais de cem enfermidades, as mais conhecidas são a artrite reumatoide e a osteoartrite (ou artrose), que afetam cartilagens e articulações e provocam dor, deformidades e limitação de movimentos. Contudo, as doenças reumáticas não se restringem somente a essas questões, mas também podem atingir outros órgãos, como pele, coração, olhos, rins e outros.
O Dr. Jayme explica que é muito comum as pessoas confundirem sinais e sintomas de doenças reumáticas com os de outras doenças e acabarem procurando ajuda, inicialmente, em outras especialidades. “Muitos pacientes são encaminhados ao Serviço de Reumatologia do Hospital Assunção por ginecologistas, ortopedistas e outras especialidades clínicas”, observa.
“Para saber qual tratamento deve seguir, o paciente precisa primeiro entender de qual tipo de doença está sofrendo. E como depende de cada caso, o melhor é sempre consultar um especialista que possa fazer o diagnóstico precoce e indicar o melhor tratamento, levando em conta idade e estágio do problema”, orienta.
Como as doenças reumáticas fazem parte de um vasto grupo, o especialista explica que cada paciente deve ser avaliado separadamente, para que possa ser indicado o melhor tratamento para conter o avanço da doença. A prática de atividade física recorrente e o hábito de vida saudável diminuem sua incidência. Já para as autoimunes, não há prevenção, somente o diagnóstico precoce, que ajuda bastante a controlar os sintomas e limitações.
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