Tosse seca, febre alta e falta de ar são alguns sintomas que caracterizam a gripe. No entanto, eles podem ser confundidos com uma doença mais complexa – a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A pneumologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Denise Onodera, alerta que a insistência desses sinais por mais de dez dias é preocupante e requer cuidados especiais.
“Na gripe, o quadro clínico é mais leve e quase 100% dos casos evoluem para a cura entre três e cinco dias. Já na Síndrome Respiratória Aguda Grave, os sintomas são mais intensos e existe um desconforto respiratório, com tosse seca e falta de ar”, esclarece.
No caso das crianças, é importante observar os batimentos das asas do nariz (alargamento e abertura das narinas durante a respiração), possível coloração azul-arroxeada da pele, dificuldade na expansão pulmonar, desidratação e ausência de apetite.
Quem também merece atenção especial é o grupo considerado de maior risco. “Pessoas com imunodepressão, doenças crônicas, metabólicas e genéticas, problemas cardiovasculares, renais e neurológicos, insuficiência hepática, além de indígenas, gestantes, crianças menores de dois anos e adultos maiores de 60 anos são os que mais apresentam risco para a evolução da SRAG”, complementa a pneumologista.
A transmissão, assim como na gripe, acontece por meio do contato com secreções e por objetos ou superfícies contaminados. Logo, a prevenção também é a mesma: cobrir a boca ao espirrar ou tossir, lavar as mãos e utilizar álcool gel, evitar locais fechados e o contato com pessoas doentes.
A especialista lembra ainda que é importante orientar o paciente a procurar o mais rápido possível o serviço de emergência para iniciar o tratamento, que envolve desde uma avaliação minuciosa, introdução de medicamentos e internação em alguns casos.
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