Uma pesquisa recém divulgada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) apontam para o crescimento no volume de intervenções realizadas no Brasil: houve um salto de 85% na quantidades de procedimentos feitos entre 2011 e 2018.
Ao todo, a entidade estima que nos 7 anos contabilizados, 424.682 realizaram a chamada redução de estômago. Ainda de acordo SBCBM, no Brasil estima-se que 13,6 milhões de pessoas têm o perfil para se submeter ao procedimento.
Essa realidade é reforçada por dados do Ministério da Saúde: uma em cada cinco brasileiros está acima do peso. Atualmente, a obesidade é uma das condições de saúde mais presentes na população e está relacionada tanto a fatores genéticos quanto hábitos de vida pouco saudáveis, como alimentação desequilibrada e sedentarismo.
De acordo com o cirurgião bariátrico Thales Delmondes Galvão, contudo é preciso alertar a população sobre os critérios que tornam uma pessoa elegível à intervenção. Um dos fatores limitantes e essenciais para a realização da cirurgia está relacionado ao perfil de paciente.
“A redução de estômago é recomendada para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 40, ou maior que 35, desde que possuam um conjunto de doenças associadas à obesidade, como diabetes, hipertensão e dislipidemias (anomalias dos lipídios no sangue). Além disso, a cirurgia também é recomendada para pacientes com o IMC maior que 30 com diabetes de difícil controle”, explica o médico.
Saúde x Estética
A imagem mais esbelta e a busca por padrões de medida tidos como os ideais salta aos olhos de quem desconhece o tema a fundo. Nas mídias sociais, páginas de pessoas que obtiveram rápida perda de peso ressaltam o apelo visual como principal fator de referência sobre o tema. No entanto, o Dr. Thales alerta que é preciso cautela para que a redução de estômago não seja encarada como uma mera cirurgia estética.
“Conceitualmente, a beleza deve ser o último fator para o paciente procurar a cirurgia bariátrica. Por conta de todos os riscos presentes no diagnóstico, a qualidade de vida deve ser priorizada”, explica o médico.
Caso o paciente opte por realizar a redução de estômago, é necessário reforçar que a cirurgia não é a única ação a ser tomada para o início de uma vida mais saudável. O paciente deve buscar acompanhamento de uma equipe multidisciplinar que vai além do cirurgião e inclua ainda cardiologista, nutricionista, endocrinologista, fisioterapeuta, pneumologista e psicólogo. Desta forma, o apoio pré e pós o procedimento cirúrgico estará garantido.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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