Aproximadamente 15% dos catanduvenses tem a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), estima o especialista pneumologista professor doutor Marcelo Macchione. A DPOC atualmente causa a morte de três pessoas por hora no Brasil.
No dia 15 é comemorado o Dia Mundial da DPOC e as entidades médicas tem reforçado a importância das medidas preventivas. A doença é responsável por causar dificuldade na respiração e leva ao cansaço progressivo, atrapalha tarefas comuns do dia a dia, tais como, caminhar, trocar de roupa ou tomar banho. A DPOC é uma doença ainda desconhecida de boa parte das pessoas.
“A DPOC, popularmente chamada de enfisema pulmonar ou bronquite crônica, é uma doença muito comum. O tabagismo é responsável por 90% dos casos, mas outras causas, como, por exemplo, a exposição domiciliar a forno à lenha ou gases tóxicos no ambiente de trabalho, também contribuem para o desenvolvimento da patologia”, explica Macchione.
De acordo com o especialista a doença é a terceira principal causa de morte em todo o mundo, atrás apenas das doenças cardiovasculares.
Dados do DATASUS (Departamento de Informática do SUS) informam que cerca de 40 mil mortes ocorrem no país por ano em decorrência da doença. “Segundo o estudo PLATINO, que avaliou a prevalência da doença no Brasil e em outras capitais da América Latina, aproximadamente 15,8% da população acima dos 40 anos no Brasil tem a doença”, aponta Macchione.
SINTOMAS
O principal sintoma da doença é a falta de ar ou cansaço – que geralmente aparece nos momentos em que o paciente realiza atividades físicas ou tarefas do cotidiano. “Outros, tais como tosse com ou sem catarro e chiado no peito também são frequentes. No início, estes sintomas aparecem apenas aos grandes esforços como subir escadas, ladeiras ou carregar peso.
O grande problema da DPOC é que ela ainda é uma doença desconhecida da maioria dos médicos e pacientes, motivo pelo qual ainda é subdiagnosticada. O diagnóstico só é possível através do exame de espirometria, que mede com precisão o grau de obstrução dos brônquios”, diz Macchione.
EXAMES
A espirometria é considerada essencial para garantir o diagnóstico e avaliar a gravidade da DPOC. “Os outros exames, como o raio-x e a tomografia não nos permitem diagnosticar a doença”, completa. O especialista recomenda que o primeiro ato para uma saúde melhor é livrar-se do tabagismo e, é extremamente importante que a doença seja diagnosticada logo no início, pois à medida que ela progride, os sintomas se agravam e os pacientes ficam sem fôlego para realização de atividades cotidianas básicas.
“A DPOC não tem cura. Para retardar o progresso da doença, é necessário reduzir a exposição aos fatores de risco, diagnosticar nas fases iniciais e tratar corretamente a doença. Assim, se você tem mais de 40 anos e tem falta de ar, tosse ou chiado no peito, procure um pneumologista e faça uma Espirometria. O diagnóstico precoce é muito importante. Conscientização e prevenção ao tabagismo na infância e idade adulta são as melhores maneiras de se evitar a DPOC”, conclui o pneumologista.
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