A pequena Emilly Cavalcante ficou quase dois anos internada no Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), em Fortaleza. Emilly entrou no HIAS em setembro de 2014. Logo foi diagnosticada com pneumonia grave, desnutrição em 3º grau, osteoporose e raquitismo renal. Na última quinta-feira (7), foi o dia de receber os convidados para a festa de despedida. “Quero ir embora porque quero ver meus irmãos”, disse. A menina tem seis anos e desde os quatro vivia no hospital.
De acordo com a pediatra Marta Sampaio, responsável pela unidade de pacientes especiais, a menina chegou em estado muito grave. “Ela chegou aqui muito grave. A Emily não sorria, não se mexia, ela mal respirava, ela foi logo entubada para reanimação e foi transferida para UTI onde ficou lá por cinco meses. Lá apresentou uma parada cardiorrespiratória. Foi reanimada e conseguiu depois de cinco meses não sair do ventilador, mas estabilizar o quadro”, disse.
A mãe de Emily afirmou que foi difícil suportar a dor de ver a filha em um estado tão debilitado. E falou que um certo dia pensou em que ela não ia sobreviver. “Minha filha sofreu bastante quando chegou. Passou por uma UTI entubada por aqueles aparelhos todos. E alguns momentos eu achei que ia perder minha filha”.
Acompanhada de perto
De acordo com a equipe médica do HIAS, Emily é uma vencedora. Ela venceu complicações como pneumonia, desnutrição em terceiro grau, osteoporose e uma série de paradas cardíacas. Agora, Emily está em casa, em Quixeramobim e perto da família.
“Ela sempre teve essa força no olhar. Sempre teve essa vontade de viver. A Emily mudou, modificou a vida dela, mas não foi dela. Mudou a vida da mãe que mora em Quixeramobim. Mudou a vida dos irmãos da família dela. E mudou a vida a cada um de nós”
Emily terá que visitar o hospital apenas de dois em dois meses para acompanhamento. Está curada da osteoporose, mas vai ter que conviver com o raquitismo.
Fonte: G1 Ceará
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