Faz pouco mais de um ano desde que o ResearchKit foi lançado e, segundo os números divulgados, 50 pesquisadores e 100 mil participantes já contribuíram com os estudos que se já desenvolveram por ele. Diversos estudos sobre doenças como diabetes, asma, autismo, entre tantas outras puderam reunir mais dados graças à iniciativa da Apple.
Desta vez, o ResearchKit chegou à indústria farmacêutica com a empresa GlaxoSmithKline (ou GSK) e seu estudo sobre o tratamento de artrite reumatoide, nomeado GSK PARADE (Patient Rheumatoid Arthritis Data from the Real World, algo como “Dados de pacientes reais com artrite reumatoide”).
Criado juntamente à Medidata e à POSSIBLE Mobile, o aplicativo ajudará na coleta de informações de 300 participantes em três meses, monitorando-os e obtendo dados suficientes para ajudar na fabricação de medicamentos mais eficientes para o tratamento da doença. Os pacientes precisarão registrar regularmente como estão se sentindo fisicamente (dores) e emocionalmente (humor). O aplicativo, criado a partir do ResearchKit, inicia com um exercício guiado de pulso que utiliza os sensores do iPhone para captar os movimentos, fazendo com que seja detectado um padrão para todos os usuários.
Usando o framework da Apple, as pesquisas (que normalmente tomariam muito tempo e dinheiro) poderão ser feitas com um custo muito menor e alcançarão muito mais pessoas. Sem contar, é claro, na praticidade que os próprios pacientes terão por não precisarem se deslocar sempre de suas casas para ir até o médico.
“Nosso objetivo é envolver o paciente de maneira que a pesquisa faça parte do seu cotidiano em vez de usar o método tradicional, o qual exige que o paciente vá até o consultório médico. Fazendo com que a pesquisa seja o mais fácil e acessível possível para os pacientes, nós temos o potencial de transformar o modo de conduzir pesquisas no futuro e, com isso, melhorar a saúde dos pacientes.” —Rob DiCicco, vice-presidente de inovação clínica da GSK.
Como bem observou o Patently Apple, os riscos de pesquisar dessa maneira é que talvez os participantes se cansem de preencher manualmente os dados no aplicativo; a amostra também pode englobar apenas pacientes com mais poder aquisitivo, levando em consideração que é necessário ter um iPhone para participar.
De qualquer maneira, ambos os lados acabam se beneficiando bastante: a empresa farmacêutica pode realizar seus estudos de maneira efetiva e mais barata; já a Apple recebe bastante atenção por estar contribuindo com essas iniciativas.
O GSK PARADE, que por enquanto só está disponível nos Estados Unidos, pode ser baixado pela App Store americana.
Fonte: Macmagazine
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