A remissão da doença reumatológica é o controle clínico da doença, ou seja, as dores cessam, os indicadores inflamatórios normalizam e o paciente pode experimentar uma rotina com mais qualidade de vida. Mas a remissão significa cura? “Não. Infelizmente, ainda não há a cura para as doenças reumatológicas, mas a remissão total pode significar uma vida sem dores e sem atividade da doença”, explica Dra. Gecilmara Pileggi, médica reumatologista.
Para se considerar uma remissão plena ou total, duas etapas são importantes. A primeira é a questão clínica e laboratorial. “Os sintomas devem ter cessado e os exames laboratoriais normalizados, sob o uso da medicação. Após um longo sem atividade da doença, o médico suspende a medicação, já que não há mais necessidade para que se mantenha o controle, e aí, tem-se a remissão total”, conta a médica.
Adesão do paciente ao tratamento é primordial
É muito comum durante o tratamento que o paciente abandonem as consultas médicos e as medicações ao perceber que não está sentindo mais dores. Porém, essa atitude pode atrapalhar que ele alcance a remissão total, incluindo evitar as deformações que podem ser irreversíveis. “A maioria dos pacientes que não entra em remissão é por conta da falta de adesão ao tratamento. É muito importante manter as medicações, consultas e exames em dia. Só com acompanhamento médico e dedicação do paciente que é possível alcançar a remissão”, explica Dra. Gecilmara.
Estou em remissão e sinto dores, por quê?
Nem sempre estar em remissão pode significar uma vida completamente livre de dores. “Se o paciente ainda sente dor, pode ser que ele tenha alguma sequela ou desenvolvido outra doença, por exemplo, artrose. Mas, neste caso, a dor é ocasionada por outros motivos e não pela doença em remissão”, esclarece a reumatologia.
A remissão é o topo da escada do tratamento
De acordo com Dra. Gecilmara, todo paciente tem condições e deve almejar a remissão para o seu tratamento. Porém, o tempo de resposta é individual e varia também de acordo com a doença e o período de atividade. “O tempo de início de tratamento é crucial para a remissão. Quanto mais cedo o paciente iniciar o acompanhamento médico, mais rápido ele entrará em remissão e evitará sequelas”, explica Dra. Gecilmara.
Uma dúvida comum entre os pacientes é sobre a durabilidade da remissão: ela é para sempre ou quanto tempo depois a doença vai voltar? “Ainda, não temos como prever se a remissão vai ser para sempre. Mas pode ser que ela seja bem duradoura. É importante que o paciente mantenha o otimismo e não se deixe levar pelo desânimo caso a doença volte. Se ela voltar, a remissão poderá ser conquistada novamente”, ressalta.
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