Segundo a OMS, o diabetes tem aumentado mais em países de baixa renda
O aumento de casos de diabetes causado pelo alto índice de glicose no sangue tem preocupado especialistas da área da saúde. Dados da décima edição do Atlas do Diabetes, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, a sigla em inglês), mostram que 537 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos de idade têm diabetes no mundo, alta de 16% em dois anos. Os especialistas da IDF projetam que o número de adultos com a doença pode chegar a 643 milhões em 2030 e a 784 milhões em 2045. A prevalência global da doença atingiu 10,5%, com quase metade (44,7%) sem diagnóstico.
Causas
A pesquisa, feita a cada dois anos, revela que o número de pessoas com diabetes aumentou de tal maneira que superou, proporcionalmente, a expansão da população global.
No próximo domingo,14, quando se comemora o Dia Mundial do Diabetes, os especialistas alertam que as causas da doença são diversas, sendo que a falta de acesso, as péssimas escolhas alimentares que o mundo está fazendo, principalmente o estilo de vida ocidental, onde se vê que está crescendo muito a obesidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou recentemente novas edições de suas Listas Modelos de Medicamentos Essenciais e Pediátricos Essenciais, que incluem novos tratamentos para vários tipos de câncer, análogos de insulina e novos medicamentos orais para diabetes, novos medicamentos para ajudar as pessoas que desejam parar de fumar e novos antimicrobianos para tratar infecções bacterianas e fúngicas graves.
As listas têm como objetivo abordar as prioridades mundiais de saúde, identificando os medicamentos que proporcionam os maiores benefícios e que deveriam estar disponíveis e acessíveis para todos. No entanto, os altos preços tanto dos novos medicamentos patenteados quanto dos medicamentos mais antigos, como a insulina, continuam mantendo alguns medicamentos essenciais fora do alcance de muitos pacientes.
“A diabetes está aumentando globalmente e aumentando mais rapidamente nos países de baixa e média renda”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Muitas pessoas que precisam de insulina enfrentam dificuldades financeiras para acessá-la ou ficam sem ela e perdem a vida. Incluir análogos de insulina na Lista de Medicamentos Essenciais, juntamente com esforços para garantir acesso a todos os produtos de insulina e expandir o uso de biossimilares é um passo vital para garantir que todos que precisam deste produto que salva vidas possam acessá-lo.”
Medicamentos para diabetes
A insulina foi descoberta como um tratamento para diabetes há 100 anos e a insulina humana está na Lista de Medicamentos Essenciais da OMS desde sua primeira publicação, em 1977. Infelizmente, o fornecimento limitado de insulina e os preços altos em vários países de baixa e média renda são atualmente uma barreira significativa ao tratamento. Por exemplo, na capital de Gana, Accra, a quantidade de insulina necessária para um mês custaria ao trabalhador o equivalente a 5,5 dias de pagamento. A produção de insulina está concentrada em um pequeno número de fábricas e três fabricantes controlam a maior parte do mercado global, com a falta de competição resultando em preços altos proibitivos para muitas pessoas e sistemas de saúde.
A decisão de incluir nas listas os análogos da insulina de ação prolongada (insulina degludec, detemir e glargina) e seus biossimilares, junto com a insulina humana, tem como objetivo aumentar o acesso ao tratamento da diabetes ao expandir a escolha do tratamento. A inclusão na Lista significa que análogos de insulina biossimilares podem ser elegíveis para o programa de pré-qualificação da OMS; a pré-qualificação da OMS pode resultar em mais biossimilares com qualidade garantida entrando no mercado internacional, criando concorrência para reduzir os preços e dando aos países uma escolha maior de produtos.
O diabetes não tem cura, por isso é tão importante fazer o diagnóstico precoce. As consequências de um diabetes mal controlado incluem problemas cardiovasculares, principal causa de mortalidade na doença; problemas na retina, podendo levar até mesmo à cegueira; problemas renais, cuja maior causa de diálise entre adultos é o diabetes; problemas arteriais nos membros inferiores; amputações; neuropatias.
Fonte: Jornal Opção
Descubra mais sobre Artrite Reumatoide
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.