Tudo começou faz mais de 7 anos. Foi no trabalho que comecei a notar os sintomas. Era muito ativa e as dores ao levantar começaram a me tirar do sério. Até que chegou um dia que eu mal podia caminhar. Fui por quase todas as especialidades médicas, menos por um reumatologista. Ninguém sabia diagnosticar o motivo das dores insuportáveis.
Certo dia, um colega de trabalho me viu caminhando com muita dificuldade e perguntou o quê eu tinha. Não soube responder. Ele se sensibilizou e perguntou se eu já havia procurado um reumatologista. Falei que não. Ele disse que tinha uma amiga reumatologista e que iria ligar para ela. Pediu que eu fosse para minha sala que ele ia conversar com ela. Lembro-me como hoje, era uma segunda-feira.
Ele ligou e a reumatologista pediu que eu fosse na quinta-feira ao consultório dela. Esses 3 dias pareciam uma eternidade. A reumatologista passou logo uma dose cavalar de prednisona e muitos exames. Eu que sempre fui vaidosa, comecei a ficar muito inchada, as roupas, não cabiam mais em mim e as pessoas me olhando como se eu estivesse a beira da morte.
Foram meses tomando corticoide, até chegar ao diagnóstico: artrite reumatoide. Nunca tinha ouvido falar nessa tal. Ela me explicou sobre a doença e disse, para não procurar no Dr. Google, nada sobre artrite reumatoide. Fiquei mais curiosa (risos). Tinha um irmão que morava mais próximo, corri para lá e fui direto para o computador.
Quando coloquei as imagem, quase tive um treco. Só chorava. Começamos então o tratamento. Moro só e tinha dias que pedia a Deus que me levasse, porque não ia aguentar aquela situação. Tive uma crise de pânico que não conseguia entrar no meu apartamento. Passei 2 meses morando na casa de um irmão. Com essa crise, veio a depressão. Faço tratamento até hoje.
Após 4 anos, também fui diagnosticada com fibromialgia. É difícil aceitar tanta incapacidade. A incompreensão da família dói muito. Em agosto de 2018 fiz uma descompressão no fêmur para adiar a colocação de uma prótese. Estou com osteonecrose nos dois fêmurs.
Ando de muletas e o olhar das pessoas, o preconceito, o olhar de dó, me incomoda muito. Hoje estou fazendo tratamento com golimumabe, duloxetina, mirtazapina, pregabalina, diazepam e remédios para dores. Sei que Deus tem um propósito muito grande para mim, e é com Ele que me apego todos os instantes. Quando me perguntam como estou, falo que minha vida é uma roda gigante. Um dia em cima, outro embaixo.
Apesar de tudo, sejam fortes. Procure quem te quer bem, quem te entenda. Acreditem que temos um Deus que tudo pode e é com Ele que podemos contar sempre e para sempre.
Meu nome é Rita Rocha, moro em Alagoa, Maceió.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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