Desde os 11/12 anos sentia dores fortes na coluna, dores essas que por vezes eu mal conseguia andar. Meus joelhos tinham o hábito de se deslocarem causando uma dor bem intensa. Me consultei por anos com ortopedista. Os exames apontaram escoliose na coluna. Nos joelhos não identificaram nada. Mas as dores continuavam.
Quando entrei na faculdade de Design eu passei a usar muito o computador, com isso, desenvolvi uma dor muito intensa no pulso. Sem nem pedir exames, o médico disse que era tendinite. Segui mais uns anos com dor e sem saber um diagnóstico correto. E foi assim até mais ou menos os meus 20 anos.
Numa manhã eu acordei com o dedão da mão rígido e com uma forte dor, sensação de que estava quebrado, mas eu não me lembrava de ter feito alguma coisa para lesioná-lo. Fui ao clínico e ele observou algumas manchas na minha pele e suspeitou de Lúpus, uma vez que, fui questionada se havia casos na família. E tinha sim. Ele então me encaminhou a um reumatologista, e nem foram necessários tantos exames para ter o diagnóstico. Foram feitos apenas os exames corretos.
E assim, meu pesadelo começou, era Artrite Reumatoide. Fiz o tratamento por uns 2 anos e parei pois o plano de saúde da minha mãe havia sido cortado. Parei também porque não aceitava que eu teria que tomar inúmeros remédios pelo resto da vida. Porque eu ficava mais de cama do que de pé por causa das medicações. No meio disso enfrentei uma depressão e a quantidade de remédios aumentaram.
Meu marido não entendia a minha fadiga/depressão e fora isso, era um relacionamento extremamente abusivo. O casamento acabou por vários motivos, mas o que ele apontava era de que eu era preguiçosa e não o ajudava a crescer. Foram inúmeras crises, mas a que mais me marcou foi quando um dia me deitei bem e ao acordar, quando me levantei da cama eu caí.Fiquei quase um mês de cama, não conseguia nem calçar uma meia sozinha. Foi horrível.
Hoje, aos 27 anos de idade, retornei ao tratamento e descobri a Espondilite, mais um baque para mim. Está cada dia mais difícil aceitar minha condição. E cada dia que passa os sintomas se agravam mais. E o medo de não conseguir mais andar ou fazer tarefas simples do dia a dia, o julgamento das pessoas, o preconceito, me assombram todos dias. Tem sido dias difíceis. Mas apesar disso tudo eu tento levar uma vida normal.
Estou correndo atrás dos meus sonhos e vivendo um dia de cada vez. O que me dá forças é meu avôzinho, que com quase 100 anos de idade, também tem Artrite Reumatoide, nem sabemos desde quando, e mesmo assim não desistiu de viver. Ele é o meu maior exemplo de força. Minha inspiração para seguir em frente.
Não desistam! Seu diagnóstico não é sua sentença. Vocês são fortes e vencerão cada obstáculo dessa vida.
Meu nome é Luciana Peres dos Santos, tenho 27 anos, convivo com a Artrite reumatoide há mais ou menos 7 anos anos, sou Designer de Interiores e moro em São Paulo-SP.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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