Em 1991 eu estava em um doloroso processo de separação. Meu casamento havia acabado. Meu ex marido me perseguia armado e meu stress era constante. Comecei a sentir uma dor terrível no pescoço, mas achava que era torcicolo, meu dedo indicador direito inchou demais e doía muito, restringindo meus movimentos. Fui a vários médicos, mas achavam que era do stress, foram inflamando todas as articulações superiores e eu fiquei travada. Com dores terríveis minha família me levou no Drº Castor Cobra, um reumatologista de São Paulo. Ele achou que era Lupus, por eu estar com o rosto manchado com o efeito borboleta, mas me pediu exames e foi constatada a AR.
Na época eu não tinha a menor noção do que era a AR e muito menos da destruição que ela faria nas minhas articulações, o médico me receitou cortisona e de 56kg eu fui para 76kg em 2 meses. Hoje eu peso 63 kg, nunca mais voltei ao meu peso normal. Já passei por todos os remédios possíveis para o tratamento da AR, tomei vários biológicos que não fizeram efeito para mim. O ultimo medicamento foi o Actemra, esse me desinflamou, mas é muito forte e me deixa de cama dos dias da aplicação. Hoje estou com desgaste grave na bacia e nos joelhos, a dor só passa com Oxycontin, porém agora estou sem poder toma-lo porque sinto náuseas, vomito e chego a desmaiar, anti-inflamatórios são um perigo para o meu figado, pois nesses 23 anos eu trabalhava utilizando eles.
Me chamo Maria Aparecida Veloso, tenho 62 anos, sou costureira, convivo com a artrite reumatoide há 23 anos, moro em Tambaú – SP.
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