Descobri que tinha AR em 2013. Até então minhas dores eram tratadas como coisas de mulher. Os médicos que me examinaram ao longo da minha vida sempre me olharam como a Maria das Dores, mas nunca me diagnosticavam da maneira correta, embora minhas queixas de dores fossem bem especificas. Tratei por um tempo com o diagnóstico de fibromialgia e depois de algum tempo tomando remédios que me faziam dormir por até 2 dias seguidos, somente em 2013 fui encaminhada para uma reumatologista, que assim que me viu já fez o diagnóstico de AR e Fibromialgia.
Fiz todos os exames que confirmaram estar com a AR ativa no meu corpo, nesse momento da minha vida tinha saído do meu emprego de 5 anos como professora por não aguentar a jornada de 3 períodos. Fiquei em uma situação que nunca imaginei, dependia do meu marido e minha filha até para ir ao banheiro, mal conseguia andar. Comecei o tratamento e as dores foram diminuindo, voltei ao meu antigo trabalho, os 3 períodos novamente, agora medicada achei que daria conta.
Em janeiro de 2016 com a explosão de casos de zika e chikungunya eu tive o zika, as dores voltaram cada vez mais fortes e precisei me afastar do trabalho para novo tratamento, minha AR que estava controlada, voltou com força total.
Estou tomando o biológico remicade e tenho muitas dores de cabeça depois das infusões que acontecem a cada 3 meses. Meu paladar também fica alterado por pelo menos 1 mês. Não sinto gosto de nada. Estou fazendo o tratamento certinho, já fui encaminhada para o psicólogo e o fisioterapeuta. A família? Bom vai bem obrigada, sim obrigada a entender que tem dias que estou bem e outros não consigo sair da cama, cada dia uma dor diferente como diz meu marido, muitas vezes deixo de sair por que as dores são insuportáveis, tenho deixado de ver pessoas queridas por saber que assim que me virem vão sentir pena ou achar que estou inventando “as dores” para chamar a atenção.
É muito triste não poder contar muitas vezes com as pessoas mais próximas como a nossa família. Para os portadores de AR quero dizer a vocês que não é fácil, as vezes parece que vamos ficar loucos de tantas dores e inchaços, mas se formos firmes no tratamento e continuarmos acreditando na nossa recuperação ela vai acontecer.
Me chamo Silmara Borgetti, tenho 47 anos, convivo com a artrite reumatoide e fibromialgia há 3 anos, sou professora, moro na cidade de Cuiaba – MT.
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