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O tratamento medicamentoso precisa estar apoiado em um plano de gerenciamento da atividade inflamatória, recuperação e manutenção da mobilidade, assim como a proteção articular para realizar as tarefas do dia a dia.
A adoção de hábitos de vida saudáveis como a cessação do tabagismo e do etilismo, perda de peso e a prática de atividade física regular, é fundamental para controle da doença.
Cuidados nutricionais devem ser adotados com o objetivo de auxiliar na manutenção do peso saudável, diminuição do risco de doenças secundárias e complicações da doença. O apoio psicológico, fisioterápico e da terapia ocupacional são importantes complementos do tratamento.
Educação para o autocuidado
A artrite reumatoide é uma doença que afeta o indivíduo e sua família. A educação para o autocuidado deve envolver o maior número de pessoas próximas ao paciente. O conhecimento é uma das ferramentas para a qualidade de vida.
Segundo o Consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) para o tratamento da artrite reumatoide as “atividades educativas são essenciais para que se obtenha a colaboração do paciente. Ele tem o direito de saber sobre suas condições e sobre as opções terapêuticas disponíveis, e de participar ativamente das escolhas. O paciente que entende sua condição e compreende a ação dos medicamentos, os métodos de prevenção de deformidades e o processo de reabilitação apresenta melhor evolução clínica. O paciente deve ser informado sobre o papel dos exercícios e da proteção articular e as técnicas específicas de fisioterapia e de reabilitação, para que possa dedicar-se às atividades de prevenção de deformidades articulares. Além disso, deve ser orientado sobre as possibilidades de ajuste de equipamentos domésticos e de modificação do ambiente de trabalho.
A orientação da Sociedade Brasileira de Reumatologia chama a atenção para a responsabilidade do paciente frente ao sucesso ou fracasso do seu tratamento. O reumatologista é o maior parceiro da pessoa com AR.
É dever do paciente buscar informações para o adequado gerenciamento de sua doença, cumprir as orientações médicas e sobretudo ter cuidado com a influência da informação encontrada na internet sobre a sua decisão e conduta no autocuidado. Tudo que é lido na rede mundial de computadores deve ser anotado e conversado com médico no dia da consulta.
Mota, Licia Maria Henrique da, et al. “Consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia 2011 para o diagnóstico e avaliação inicial da artrite reumatoide.” Rev Bras Reumatol 51.3 (2011): 199-219.
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