A vida de uma pessoa que sofre com a dor crônica não é fácil, além do desconforto de sentir dor de maneira constante, o indivíduo que está em tratamento pode chegar a tomar cerca de 80 comprimidos por semana. Esses medicamentos normalmente são fortes, muitas vezes grandes e não tão fáceis de engolir. Tais fatores causam muitos problemas como o esquecimento de ingestão no horário correto, ou então, a dificuldade na deglutição prejudicando assim a adesão ao tratamento e ocasionando a permanência do sofrimento do paciente. Porém, todos esses pontos, prejudiciais no tratamento, podem mudar com a chegada de um novo medicamento feito à base de buprenorfina em um adesivo, nomeado Restiva®. Se trata de um adesivo transdérmico, que o paciente cola na pele, devendo ser trocado apenas após uma semana, evitando assim os problemas citados acima. No adesivo a buprenorfina é continuamente absorvida pela pele, atingindo a corrente sanguínea e agindo em receptores para bloquear as mensagens de dor que são enviadas para o cérebro.
“Esse é um grande avanço do ponto de vista do tratamento da dor crônica. Se pensarmos que os pacientes costumam tomar, além dos vários comprimidos diários para dor, outros medicamentos para as demais doenças, o uso do adesivo semanal será um grande diferencial. Entre os mais beneficiados estão os idosos, pela dificuldade que apresentam para engolir comprimidos muito grandes, ou então, pelo fato de esquecerem de se medicar e muitas vezes até tomarem o remédio duas vezes, sem querer,” explica o Dr. João Marcos Rizzo anestesiologista e coordenador da Clínica de Dor do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre – RS.
Além do benefício do tempo de troca, o novo medicamento apresenta um índice bem menor de efeitos colaterais, melhorando muito a qualidade de vida dos pacientes. “Sintomas como constipação, náusea, vômito, depressão respiratória e dependência físicas são muito menores e em alguns casos insignificantes, quando comparamos com outros tipos de tratamento para dor”, afirma o Dr. Rizzo.
Restiva®, já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e está à disposição para os pacientes desde outubro do ano passado.
Entenda a Dor Crônica
O conceito é simples: uma dor caracterizada por forte desconforto, que dura um longo período de tempo e tem alta reincidência, é crônica. E o cenário é preocupante, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) 30% da população mundial sofre desse mal. No Brasil os índices de prevalência da dor crônica também são alarmantes, segundo a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED) o percentual médio de pessoas afetadas por algum tipo de dor crônica no Brasil é de 15% a 40%, ou seja, cerca de 60 milhões de pessoas.
Uma pesquisa recente da farmacêutica Mundipharma, líder no tratamento da dor, feita com 800 pessoas, mostra que a dor crônica compromete, e muito, a rotina. Na opinião dos entrevistados as situações em que sentem mais impacto causado pela dor são: no humor e na disposição (48%), nas práticas esportivas (41%), na disposição para o lazer (38%), seguidos do impacto também na autoestima (38%). Além disso, mais de 1/3 dos entrevistados com dor crônica também apontam impacto negativo em seu desempenho no trabalho (36%), no sono (34%) e na disposição para ter relações sexuais (33%).
Fonte: BrasilNews
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conteúdo de qualidade parabens, hoje em dia está difícil, vou compartilhar e fiz questão de deixar meu comentário, obrigado!
Olá, Elen
Obrigado 🙂
Muito interessante e informativo. Sou portadora de AR estou sempre à procura.