O tratamento adequado das Uveítes não Infecciosas variam de acordo com a causa e o histórico médico de cada paciente, mas em geral costuma ser iniciado com a prescrição de medicamentos da classe dos glicocorticoides (prednisona). Porém, existem efeitos adversos locais associados ao uso desse medicamento, como aumento da pressão intraocular e catarata. Além de efeitos adversos sistêmicos, como osteoporose, síndrome de Cushing, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, necrose asséptica de cabeça de fêmur e outros.
Nos casos em que a monoterapia com glicocorticóides não é eficaz ou em que se deseja reduzir a dose deste medicamento, são prescritos imunossupressores. Eles servem como redutores da dose ou poupadores de glicocorticóides e adjuvantes no controle inflamatório. Outra classe de medicamentos que também se mostra eficaz no tratamento das uveítes não infecciosas é a dos antimetabólitos.
Também existe a alternativa de utilização do medicamento adalimumabe, da classe dos biológicos, único desse tipo a ser aprovado até então para uveítes. Ele só costuma ser prescrito após tentativas sem resposta com as demais medicações, pois trata-se de um medicamento de uso crônico e de alto custo.
O tratamento das uveítes não infecciosas pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), através do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas que estabelece o elenco de medicamentos fornecidos por meio da farmácia de alto custo. Essa lista é composta por 5 medicamentos sintéticos: Azatioprina, Ciclosporina, Prednisona, Metilprednisolona e o biológico adalimumabe, que é o tratamento mais moderno disponível no Brasil para o tratamento da uveítes não infecciosa ativa, configurando uma grande oportunidade para os pacientes acometidos por este tipo de uveíte.
Visando a incorporação do medicamento adalimumabe nos planos de saúde, nesta quarta-feira, dia 18 de dezembro, a Sociedade Brasileira de Uveítes apresenta para a Agência Nacional de Saúde Suplementar o pedido de inclusão no Rol de cobertura no plano de saúde da terapia imunobiológica com adalimumabe para o tratamento de uveítes não infecciosa intermediaria posterior ou panuveítes com doença ativa devido à resposta inadequada aos corticosteroides ou em adultos com doença inativa que necessitem de redução/retirada de corticosteroides.
O tema faz parte da pauta da 8° Reuniões Técnicas de Análise das Propostas de Atualização do Rol Ciclo 2019-2020, que acontece nesta quarta-feira, dia 18 de dezembro de 2019, no período da manhã e pode ser acompanhada ao vivo por meio do Periscope da ANS (https://www.pscp.tv/ANS_reguladora).
Fontes:
http://www.uveitesbrasil.com.br/noticias/view/olho-vermelho-cuidado-pode-ser-uveite.html
https://artritereumatoide.blog.br/uveite-a-doenca-pouco-conhecida-que-po
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