Tudo começou quando eu acordava com os dedos inchados, mas não dei muita importância, pois achava que tinha dormido demais, ou ficado com as mãos numa posição ruim. Mas começou a chamar a atenção quando coisas simples do nosso dia a dia ficaram impossíveis para mim. Como escovar os dentes, passar desodorante, escrever ao chegar à escola. E esses inchaços e dores começaram a se espalhar: joelhos, dedos das mãos e pés, punhos, tornozelos, mandíbula, cotovelos… Até um dia que eu não consegui ficar de pé, porque meu joelho esquerdo não deu conta de suportar meu peso.
A partir daí, eu e minha família ficamos pulando de médico em médico tentando descobrir o que estaria acontecendo. Foi difícil encontrar um diagnóstico, mas foi um alívio quando ele chegou. Fui diagnosticada com AIJ aos meus 14 anos. Lembro até hoje, no dia seguinte da minha primeira sessão de pulsoterapia, acordei minha mãe feliz da vida, porque eu consegui abrir e fechar meus dedos da mão. Coisas simples que comecei a dar valor.
Usei alguns medicamentos, desde anti-inflamatórios, corticoides, mtx, leflunomida… Há uns 6 anos faço uso do Etanercepte. Agora com aplicações semanais. Há algum tempo, estava aplicando 1 vez a cada 4 semanas. Mas estou muito bem, sem dores, sem queixas. Faço acompanhamento com a minha reumato que é um verdadeiro anjo na terra!
Sempre tive muito apoio da minha família e isso faz TODA diferença. É claro que muitas vezes os comentários maldosos e preconceituosos dos outros ficam latejando na minha cabeça. Como “A Fê tem uma doença de velho” ou “O que é isso no seu joelho?? Isso pega??” (precisei fazer uma infiltração no meu joelho esquerdo e ele meio que perdeu a coloração e a proteção. Ficou tipo um buraco no meu joelho. Mas hoje a cor dele está voltando e até os pelinhos voltaram a crescer). Mas quando eu aceitei o meu diagnóstico e passei a conhecer e a entender a Artrite Idiopática Juvenil tudo ficou mais fácil.
Fora as dores e as alterações de humor quando a doença está completamente ativa, a AIJ me ensinou uma coisa: todas as pessoas estão enfrentando uma batalha e ninguém faz ideia disso. Então tenhamos respeito com o próximo, empatia e amor!!
Procure conhecer a sua doença e o seu tratamento. Não deixe de ir aos médicos, não deixe de tomar os remédios. Mas o mais importante para mim é: viva a vida com leveza! As vezes, parece que temos um grande peso a ser carregado. Mas se ele for carregado com leveza e com apoio, será um peso dividido!
Meu nome é Fernanda Chalfin, tenho 24 anos, convivo com o diagnóstico da Artrite idiopática juvenil à 10 anos, sou Arquiteta e Urbanista e moro Belo Horizonte-MG.
Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
É simples, preencha o formulário no link https://forms.gle/hZjevGSMNhbGMziL9
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