Em fevereiro do ano passado comecei a ter febre e erupção cutânea, como tinha pouco tempo do carnaval, achei que era alguma virose e não procurei um médico, passaram-se dias sem melhora e então decidi procurar um dermatologista, que diagnosticou uma urticária, tomei remédios e aliviou bastante, mas as febres não cessaram, tinha febre de 38.1 todos os dias.
Procurei outros médicos, fiz alguns exames, e não acharam causa pra minha febre, um dos médicos me orientou que procura-se ajuda de uma psicológica, pois até então não sentia dores.
Fiquei 2 meses com febre frequente só tomando antitérmico, depois comecei a sentir uma dor no joelho que me impedia de andar, muita rigidez nas pernas, me assustei e procurei um ortopedista que passou apenas anti-inflamatórios e pronto.
Melhorei por uns dias, logo voltou as dores, agora também nos punhos e dedos das mãos, a febre sem cessar e eu estava perdendo muito peso, comecei a sentir muito cansaço e fraqueza… mal conseguia levantar da cama, passava meus dias deitada.
Voltei ao ortopedista e expliquei todos os sintomas, ele foi categórico, era alguma doença reumática, mas só com vários exames de sangue pra confirmar, me indicou um reumatologista, fiz os exames e veio o diagnóstico: Artrite reumatoide.
Fiquei em choque, com muito medo, não sabia nada sobre a doença, mas o termo “não tem cura” me assustou muito. O reumato, depois de todos os exames receitou Diprospan + Alginac uma vez por mês e um medicamento manipulados contendo corticoides, anti-inflamatórios, cloroquina e alguns minerais.
Não senti melhora nos primeiros meses, tinha dificuldade pra tudo, tomar banho, vestir as roupas, até escovar os dentes era um processo, minhas mãos doíam muito, fiquei desesperada chorava muito por que não conseguia nem andar direito.
Foram meses difíceis, até que o médico aumentou a dosagem da fórmula e passei a melhorar, as febres cessaram, as dores diminuíram a erupção controlada, ainda não ando direito, tenho dificuldade pra levantar de lugares baixos, não consigo ainda fazer almoço pros meus filhos.
Evito sair de casa por que me acho muito feia depois de ter emagrecido 25kg, acho que estou com cara de doente (minha família diz que não), me afastei dos meus amigos, era muita especulação sobre meu diagnóstico e isso me incomodava, resolvi me afastar, só contei mesmo com o apoio da minha filha e da minha irmã.
Sofri muito, mas vejo que a cada dia estou melhor, claro que tem dias que amanheço com dores e fadiga, mas sei que faz parte, no início tinha achado que seria meu fim, deixar de sair como eu gostava, ficar com a auto estima lá embaixo, foi terrível!
Mas hoje me informo sobre a doença, sobre novos tratamentos, alimentação, etc… converso com pessoas que também são autoimunes e que já melhoram, isso tem me incentivado a voltar a viver.
Meu nome é Val, tenho 44 anos, convivo com o diagnóstico de artrite reumatoide a 1 meses, sou auxiliar administrativo e moro em Salvador-BA.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
É simples, preencha o formulário no link http://ow.ly/gGra50nFGJp
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