Mesmo que tudo tenha parecido impossível , eu não desisti de Lutar! Embora pareça que tudo conspira contra, não deixe de acreditar… Seja mestre na arte da persistência, não entregue os pontos, não pare no meio do caminho, não abaixe a cabeça diante das situações difíceis. Seja forte pois, é na fraqueza que Deus é a tua força e com Deus na frente, tudo se torna possível! Creia que os momentos difíceis vão passar e você cantará hino da vitória! #FORÇA #FOCO #FÉ. Tenho uma história de convívio com a Artrite reumatoide há mais de 20 anos.
Nasci em uma cidade chamada Cedro-PE e lá aprendi a viver, cidade do interior, pacata onde todo mundo conhecia todo mundo. Até ter que “reaprender a viver”… É difícil ter que conviver com esse “tal desconhecido”, no começo não imaginava chegar até aqui mas, aqui estou. Ainda adolescente, na verdade nem soube o que é ser “aborrecente” kkkkk… enquanto eu lutava pra conseguir me reerguer, suportar essa dor inexplicável que apareceu assim do nada.
Eu era uma atleta e fazia parte de um time de handebol, e como uma pessoa normal, jogava e fazia exercícios físicos, só que minha mãe não gostava que eu jogasse bola, mesmo assim desobedecia as regras, em um certo dia comecei a sentir fortes dores nos joelhos e tornozelos, quando reclamava em casa a minha mãe falava “vai jogar bola de novo” era sempre assim, passaram-se os dias e as dores foram aumentando, chegou a um ponto de dizer: “não estou brincando está doendo de verdade”.
Aí começaram a tomar providência, e fui ao médico onde passou bezentacil o que acabou piorando a cada dia mais, dores, inchaços, cada vez pior. Nessa época, como morava no interior, infelizmente tive que mudar para outra, nesses intervalos fui piorando a cada dia mais, a cultura das pessoas do interior é diferente, meus pais tinham uma visão de problemas como se fosse algo de “trabalho feito”, aí passou um tempo procurando benzedeiras e rezadores, esse foi o pior tempo da minha vida, apesar de não crê nessas coisas, acabava tendo que aceitar, por querer tanto sair daquela situação de dor, não me importava o que estava buscando, foi um tempo de angústia, tristezas, incertezas e medo, muito medo.
Até aqui já tinha me entregado, não aguentei, estava sem andar. Enfim até que no meio de tudo isso, Deus envia anjos, através de pessoas. O TFD da minha cidade consegui uma consulta, aí fomos pra capital Recife. Mas foi um processo tivemos que esperar vaga, e foi outra espera, em casa de apoio de estudante, até que depois de 2 semanas chega a consulta e o internamento, passei um mês internada no hospital das clínicas de Recife (HC-UFPE) até que depois de vários tipos de exames chega o diagnóstico: “artrite reumatoide juvenil”, tinha 17anos.
Daí então voltei, iniciei um processo de fisioterapia na cidade vizinha, Jardim-CE, ia todos os dias, muito cansativo mas o início de uma luta, fiquei indo a Recife de mês em mês, depois a cada três meses, daí em diante, até que depois de ano eles me deram alta. Com o passar do tempo e do tratamento, a base de medicamentos e fisioterapia, acabei voltando a dar uns passinhos com a ajuda de todos.
Assim fui me sentindo viva, esperançosa. Comecei a sonhar, sonho que pra muitos talvez impossível, mas nada pra mim era impossível, quando se queria, pedi pra minha mãe ir na escola comunicar minha situação e pedir a ajuda e colaboração de todos. Eu tinha deixado a escola de lado, ainda não tinha terminado o 1 grau, voltei a querer ir, havia parado na oitava série, todo dia ia um carro me deixar na porta do colégio, aí vinha sempre pessoas pra me ajudar, amigos, colegas, diretores, professores.
Mas não desisti e a dor ali minha aliada de todas as horas. Nessa época minha mãe tinha mudado pra Juazeiro do norte CE, eu aceitei o desafio de morar com irmão, parentes, amigos, não foi fácil, mas acreditei e consegui. A maior dificuldade que encontrei foi muitas vezes chegar tarde da noite em casa e não ter a comida me esperando, mas a minha vontade era maior.
Vivi certo tempo a base de dosagens altas de corticoides, cloroquina, metrotexato. Enfim, memória falta no momento. Minha rotina era fisioterapia na cidade vizinha, e estudar, consegui terminar o primeiro grau, com dificuldade, até pq tinha parado de andar como falei no início. Aí veio mais forte o desejo de continuar, ninguém me provava ao contrário, sempre acreditei em mim, SEMPRE. Vivi várias etapas, muita doação aos estágios, planos de aulas, regência, participação. Nessa parte tive o apoio de todos os professores, maior experiência que já tive o prazer de viver.
Desejo alcançado finalmente conclusão do 2 grau, 3 anos de muito esforço e dedicação e muita dor viu, muita. Após 1999, me mudei pra Juazeiro e iniciei o tratamento aqui na região do Cariri. Enfrentei novos desafios, tive outros desejos psicologia, infelizmente não realizei ainda.
Nesse meio termos tive vários internamentos, cirurgia de apendicite, fratura da perna, pneumonia, trombose, passei a fazer uso do Marevam, um certo tempo fiquei pré-diabetes, fiz tratamento de um ano base de (glifagem) metformina, consequência de muito uso (prednisona) corticoides, hoje convivo com uma dose de 05mg, mas na luta pra viver sem. Há um ano e três meses fiz uma cirurgia do coração, troquei uma válvula… Também em tratamento da tireóide. Hoje tenho acompanhamento com reumatologista, cardiologista, endocrinologista. Em uso de: (arrava, lefrunomida) (actemra, etanarcepte) (prednisona, corticoide) (metropolol, selozok, enalapril e furosemida).
“A vida é como as estrelas. A noite pode estar escura, sombria e o céu cheio de nuvens; não podemos vê-las, mas elas ainda estão lá. Assim é nossa vida. Ainda estamos aqui. Seja o que for, mas seja.
Primeiro do que tudo, precisamos da aceitação. Depois, lutar pra mudar a condição.
Essa sou eu, me chamo Elisângela santos, tenho 43 anos, convivo com o diagnóstico de artrite reumatoide há mais de 20 anos, sou estudante e moro em Juazeiro do norte-CE.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
É simples, preencha o formulário no link http://ow.ly/gGra50nFGJp
Doe a sua história!
#depoimento
Descubra mais sobre Artrite Reumatoide
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.