Sentia muitas dores nos tornozelos e pés, como trabalhava em pé e trabalhava em um hospital fora do percurso de casa, fazia um trajeto de duas horas para chegar lá, com o tempo isso se tornou desgastante, o trajeto incluía caminhada, ônibus, trem e metro, fora a jornada seis horas, trabalhava na pediatria, mas muitas vezes tinha de sair do meu setor para ajudar outros.
Houve um tempo que já não conseguia fazer esse trajeto, então meu esposo passou a me levar e as vezes meu pai ia me buscar.
Fazia faculdade de enfermagem, e um belo dia acordei com os tornozelos inchados, fui ao pronto socorro, fiz radiografias e apareceu que eu tinha esporão, então colocamos a culpa nele. Meu joelho começou a inchar, fui novamente ao pronto socorro, comecei a tomar anti-inflamatório, o inchaço passou para as mãos e tomei mais anti-inflamatório de todas as espécies, via oral, endovenosa, intramuscular, e as dores continuavam e aumentavam, meu esposo comprou uma moto para facilitar nosso transporte, mas eu não conseguia subir nela e chorava no percurso de casa até o hospital, sentia dores no quadril, e fui encaminhada ao ortopedista que teve a indecência de perguntar se amarrei alguma coisa na mão para ela inchar, achando que eu estava com preguiça de trabalhar.
O ano de 2013 foi o mais difícil, muitas dores, idas e vindas no PS e muito anti-inflamatório, saía do plantão chorando de dor, nessa fase fazia plantão noturno e os dias de frios eram os piores, meu esposo me buscava de carro e pedia para ele ligar o ar quente do carro, só assim aliviava as dores, fui encaminhada a reumatologista, os dias que antecederam a consulta foram uma eternidade de dores, com visitas no PS e muitos analgésicos e anti-inflamatórios.
Encontrei uma médica doce, fui falando meus sintomas, dores, rigidez, febres, inchaços, vermelhidão e muita dor, ela pediu uns exames, manteve somente os analgésicos, quando levei os resultados tive uma surpresa, rins falhando, a medica disse que foi devido a muitas idas e vindas ao PS, pois tudo que eles sabiam fazer era prescrever anti-inflamatórios, sem pedir nenhum exame e com isso prejudicou os meus rins, e graças a Deus encontrei minha reumato que me ajudou a tempo.
Após dois anos ela me afastou do trabalho, foi inevitável pois a artrite reumatoide veio com tudo, meu tratamento é lento, e em conjunto com nefrologista, cardiologista, endócrino e nutricionista, um dia de cada vez, tenho crises ainda, principalmente nesse frio, mas tenho fé que vai ter controle, sofri com desconfiança médica, nunca precisei de atestado médico para não querer ir trabalhar, pelo contrário, ia mesmo doente, mas como aliviar a dor do seu próximo se a sua não passa, pedia muita ajuda de Deus, as vezes não conseguia abrir uma ampola, antes da reumatologista, falavam que era tendinite, pois tinha movimentos repetitivos, aí a chefe de enfermagem me perguntou,” mas que movimentos repetitivos você tem?” só quem sabe sente na pele as humilhações. Estou em busca da remissão,
Um dia de cada vez.
Me chamo Andrea Andrade Barros Oliveira, tenho 34 anos, sou auxiliar de enfermagem, convivo com a artrite reumatoide há mais de 2 anos, moro na cidade de São Paulo – SP.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída“, conte a sua históriae entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
www.artritereumatoide.blog.br/
Doe a sua história!
Descubra mais sobre Artrite Reumatoide
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.