Meu nome é Débora, tenho 24 anos. A AR se manifestou na minha vida quando eu tinha 18 anos. Me lembro que meus primeiros sintomas foram dor nos joelhos e nos pés e logo depois rigidez matinal e muitas dores nos pulsos. Quando começaram as dores nos joelhos procurei um ortopedista que pediu alguns exames, enquanto os exames não ficavam prontos apareceu a rigidez matinal. Me lembro que fazia faculdade de manhã e por várias e várias vezes acordava chorando, não conseguia nem me trocar, cheguei ao ponto de pedir ajuda para meu pai para me trocar e me pentear. Eu só sabia chorar, tinha certeza que aquilo era sinal de algo sério, no fundo não queria aceitar mas já tinha histórico na família, de uma tia com AR e vi o quanto ela lutou (quando ela descobriu há anos e anos atrás não havia recursos como hoje) por isso o avanço da doença e toda dificuldade que ela enfrentou.
Meus exames ficaram prontos, procurei um médico em uma cidade próxima a minha com mais recursos, ainda lembro da cara dele quando olhou os exames, na hora ele ligou para um amigo reumatologista e pediu uma vaga com urgência e então me deu o diagnóstico. Tentei ser forte, mas de volta para casa chorei o caminho todo, por uma hora direto, mil coisas passaram pela minha cabeça. Eu só tinha 18 anos, tinha sonhos, a faculdade, tinha acabado de começar a namorar, aliás meu primeiro namorado, quem iria ficar ao lado de alguém com tantas dores? e o sofrimento dos meus pais? Minha mãe estava abalada, tinha visto sua irmã por anos lutando. Mas graças a Deus eles foram maravilhosos, Ele colocou uma médica super carinhosa e competente na minha vida.
Fizemos várias tentativas com medicações, as dores continuavam, exames alterados, dias e dias de dor e crise, chorei muito, pensava que jamais sairia daquele buraco, dias indo ao pronto socorro, quando os nives dos exames abaixaram, que bom acertamos a medicação! Então veio a rejeição ao medicamento, voltamos ao zero. Fizemos várias tentativas, minha família, meus pais, meu então noivo sempre ali me ajudando, me apoiando, ele sempre me estimulava, me via como uma pessoa sem doença alguma, tantas idas ao pronto socorro e ele ali firme e interessado me ajudando. Depois de 5 anos e de várias tentativas, graças a Deus primeiramente e a minha médica Dra Carla conseguimos acertar a medicação. Hoje vivo dias praticamente sem dores, os remédios diminuíram e me sinto muito bem. A AR afetou apenas meus pulsos, tenho uma vida normal, tranquila e busco a cada dia melhorar. Não devemos nunca deixar de lutar, no começo não entendemos e queremos questionar coisas que só aprendemos a lidar com o tempo. Agradeço a Deus e a minha família por nunca me abandonar e estar nessa luta junto comigo. Realmente a dor compartilhada é dor diminuída.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída“, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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