Me chamo Monique Araújo Silva tenho 34 anos, e minha história começou quando ainda era bebê, pulei a fase de engatinhar e andei direto, porém sempre segurando nos móveis e reclamando de dor, depois de um tempo comecei a usar bota ortopédica para tentar aliviar as dores e facilitar o meu andar, mas não adiantou, ficou ainda pior pois a bota era pesada.
Desde então fui levada de médico em médico pela minha mãe, mas ninguém tinha um diagnóstico exato pro meu problema. Com 7 anos começei um tratamento no hospital Sarah Kubitschek em Brasília, o melhor hospital da América Latina especialista em Reabilitação. Lá fiz vários exames, contudo continuava sem um diagnóstico correto e o médico dizia pra minha mãe que eu não iria melhorar e que poderia ir para uma cadeira de rodas ou sobreviver até os 15 anos.
Uma semana depois de completar 15 anos, tive dores terríveis no punho direito que me deixavam de cama e nenhum remédio conseguia alivia-las, foi um ano difícil, mas com 16 anos fiz minha primeira cirurgia na mão direita, colocaram um disco de platina no lugar da cartilagem danificada do punho, porém alguns nervos foram retesados e então perdi o movimento do punho. Apesar da perda do movimento a cirurgia foi um sucesso, a recuperação levou de 3 a 4 meses mas não senti mais dores no braço.
Tive que me adaptar à nova realidade, a falta de movimento no punho e o tempo de recuperação me impediram de escrever com a mão operada por um tempo, com isso aprendi a escrever, comer e fazer tudo o mais com a mão esquerda enquanto a direita se recuperava. Depois da recuperação voltei a usar a mão na medida do possível e percebi que não seria mais a mesma coisa, porém estava feliz por ao menos não sentir mais as dores, além de tudo tive muita vergonha dos meus dedos atrofiados pois estava no auge da minha adolescência.
Quando completei 17 anos passei por mais uma cirurgia, surgiram nódulos nos meus pés e foi preciso retirá-los, fiquei mais 3 meses sem colocar os pés no chão, só podia andar com o andador, depois disso fiquei um bom tempo sem sentir nada. Mudei de cidade, fui para o Sarah Kubitschek em BH onde tive meu primeiro contato com uma reumatologista, mas nessa época a reumatologista do Hospital saiu de lá então só tive minha primeira consulta, procurei outra mas foi em vão porque não teve um diagnóstico, a Artrite entrou em remissão então achei que estava tudo bem e não procurei mais nenhum médico.
Entre 29-30 anos um dedo da mão esquerda começou a endurecer e meu corpo doía muito, foi então que procurei outro médico em Goiânia e recebi o diagnóstico certo Reumatismo Juvenil, comecei o tratamento em Goiás com remédios conseguidos pelo governo, pois eram caros, teve uma pequena melhora mas eu viajava por um total de 36 horas pra Goiânia dentro de um ônibus todo mês para buscar meu remédio que era uma injeção chamada HUMIRA® (adalimumabe) e dentro de idas e vindas o tratamento durou 1 ano e 3 meses até que consegui um tratamento na minha cidade atual em Formiga com a Doutora Flavia Nascimento, ainda tomo remédios conseguidos pelo governo por serem de alto custo mas não são mais injeções. A Dra Flávia é um amor em pessoa e agradeço a Deus pela vida dela.
Consegui uma nova vaga no hospital Sarah Kubitscheck de Brasília e lá faço parte de grupos que ensinam a ter melhor qualidade de vida, conheci outras pessoas incríveis com o mesmo diagnóstico que o meu, lá percebi que quase sempre nós seres humanos reclamamos por tão pouca coisa na vida que chega a doer o coração.
Agradeço a DEUS em primeiro lugar, pela família linda que ele me deu, pela mãe forte e amorosa que nunca me abandonou sequer um minuto e que me ensinou a ser forte, a ter fé e esperança, ela é meu espelho e meu orgulho. Agradeço à minha irmã que sempre esteve do meu lado em todos os momentos tendo os cuidados comigo, meu Pai Joaquim e Zélia que mesmo de longe sempre esteve comigo, meus tios e tias, Primos e Primas, amigos que fiz nessa longa jornada Ao Marcelo nos momentos Difíceis sempre me ajudou e me compreendia, só tenho o que agradecer a DEUS pela vida de vocês.
Não tenho certeza do meu amanhã, mas tenho certeza de que o meu amanhã está sendo escrito por Deus e sei que todos os planos com Deus são perfeitos, e nos levam a realização de sonhos.
Hoje sei que meus membros não voltam mais ao normal, que vou continuar limitada á certas coisas mas que posso viver bem, agora é só prevenir para que o futuro seja bom, e posso dizer que, se pudesse mudar algo eu não mudaria nada do que aconteceu em minha vida, pois tudo que passei sei que foi propósito de DEUS.
“Tudo Posso Naquele que me fortalece…”
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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