Os estudos com células-tronco ainda são muito recentes. Mesmo assim, já há uma série de doenças que são tratadas, atualmente, com sangue do cordão umbilical, rico em células-tronco hematopoiéticas (formam células sanguíneas).
“Entre os protocolos aceitos para esse tratamento, há três grandes grupos de doenças: as hematológicas, como a leucemia mielodisplasia e anemia falciforme, entre outras, as doenças imunológicas e também as metabólicas”, explica Nelson Tatsui, responsável técnico médico da clínica Criogênesis, em São Paulo.
Segundo o médico, cerca de 1.500 pessoas são tratadas com sangue de cordão umbilical por ano no Brasil. No mundo, são 45 mil. “Mas são números que tendem a crescer, pois estudos que já estão em fase de testes com grandes grupos de voluntários humanos estão tendo resultados muito positivos para o tratamento de diabetes, Aids e lesões na medula espinhal e outras doenças”, aponta o médico.
A função das células-tronco do cordão umbilical é similar à das células da medula óssea: restaurar a parte saudável do organismo que é perdida durante um tratamento agressivo de quimioterapia ou radioterapia.
Mas o sangue do cordão umbilical tem algumas vantagens sobre a medula. “As células do cordão estão imediatamente disponíveis. Não há necessidade de localizar o doador e submetê-lo à retirada da medula óssea. Além disso, não é necessária a compatibilidade total entre o sangue do cordão e o paciente. Com o uso do cordão umbilical, é permitido algum nível de incompatibilidade, ao contrário do transplante com doador de medula óssea”, explica o médico Luis Fernando Bouzas, que é diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea (Cemo) do Inca e coordenador da rede que reúne os bancos públicos de armazenamento de sangue de cordão.
Para algumas doenças, o mais indicado é que o paciente receba uma doação de sangue de outro paciente. Nesse caso, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) possui o Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP), para atender pacientes com doenças hematológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, tumores sólidos e doenças autoimunes. Em Belo Horizonte, o banco público é administrado pela Fundação Hemominas.
Em outras situações, a pessoa deve ser tratada com seu próprio sangue, guardado no momento de seu nascimento. Esse armazenamento deve ser feito em bancos particulares. A coleta e o tratamento do sangue para o congelamento custam cerca de R$ 3.500. Já a manutenção do material no banco tem uma anuidade média de R$ 550.
Fonte: IG
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