Um simples exame de fundo de olho, parte de uma consulta oftalmológica de rotina, ajuda a diagnosticar doenças que muitas vezes passam despercebidas pelos pacientes e podem comprometer gravemente a qualidade de vida. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, de São Paulo, é o caso da hipertensão arterial, do diabetes, de doenças reumáticas, de tumor e até menopausa.
Essas doenças alteram os vasos sanguíneos no fundo do olho. O médico explica que o exame é indolor e nada invasivo. É feito com um oftalmoscópio, equipamento que aumenta diversas vezes os detalhes da retina, dos vasos e das artérias oculares. Quem tem hipertensão, por exemplo, apresenta os vasos do olho dilatados e é encaminhado a um cardiologista.
Como reconhecer doenças por meio dos olhos, segundo Queiroz Neto:
- Olho vermelho: além da conjuntivite e da ceratite (inflamação da córnea), o olho vermelho pode indicar glaucoma. O especialista afirma que a doença é indolor e em 90% dos casos está relacionada ao aumento da pressão intraocular. Ela pode levar à cegueira se não for tratada corretamente
- Pupila contraída: sinaliza uveíte, inflamação da úvea (região dos olhos que inclui a íris). Pode ser causada por toxoplasmose, doenças reumáticas, herpes, tuberculose, lepra ou certos tipos de leucemia
- Pupila dilatada: pode estar relacionada a tumores, glaucoma e doenças do sistema nervoso central
- Visão dupla: indica presença de tumor intracraniano, acidentes vasculares centrais, trauma ou hiperglicemia
- Olhos saltados e inchaço: são sinais, principalmente, de distúrbios da tireóide
- Mudança na cor dos olhos: é causada por medicamentos ou inflamações oculares
- Cegueira momentânea: indica tumor intracraniano, má circulação no cérebro ou arritmia cardíaca
- Visão borrada: pode sinalizar diabetes, sangramento ocular, inflamação ou hipertensão arterial
- Olho seco: a falta de lágrima pode ser causada pela baixa umidade do ar, disfunções hormonais, menopausa e até Síndrome de Sjogren, uma doença reumática crônica. Os sintomas são olhos vermelhos e fotofobia. O acompanhamento de um especialista evita que se torne crônico
Independente destes sinais o oftalmologista afirma que até os 40 anos de idade, as consultas médicas devem ser feitas a cada dois anos ou no caso de aparecimento de algum desconforto. A partir dessa idade, o exame oftalmológico deve ser anual. Isso porque, além da presbiopia, dificuldade de enxergar de perto, decorrente da perda de flexibilidade do cristalino, depois dos 40 anos podem surgir outras doenças como glaucoma, catarata e alterações na retina, que não são percebidas logo no início.
Fonte: Revista Encontro
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