Se você costuma beber com frequência, talvez seja hora de reconsiderar esse hábito. O álcool, presente em todas as bebidas alcoólicas, pode causar inflamação no sistema digestivo, aumentando o risco de doenças graves como cirrose hepática, úlceras gástricas e pépticas. Embora a ressaca seja o sintoma mais comum e imediato, os danos ao organismo – principalmente ao fígado – vão muito além do desconforto do dia seguinte.
“O consumo excessivo de álcool pode transformar momentos de diversão e alegria em problemas mais graves para a saúde”, alerta o Dr. Lucas Nacif. “Embora uma noite de bebedeira seja frequentemente associada à ressaca, o impacto do álcool vai muito além dos sintomas imediatos, como náusea e dor de cabeça. O fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano, desempenha mais de 500 funções vitais, sendo uma das principais a filtragem de toxinas do sangue. Porém, o excesso de álcool pode sobrecarregar esse órgão, resultando em complicações sérias”, aponta.
Fígado: o filtro das toxinas do corpo
O especialista explica que quando ingerimos álcool, o fígado precisa processá-lo para remover as toxinas do corpo. Esse processo exige que o sangue passe por uma filtragem no fígado, mas, em caso de consumo excessivo, o órgão é forçado a trabalhar em ritmo intensificado, o que pode levar a um desequilíbrio em suas funções.
O álcool permanece no corpo por diferentes períodos: cerca de 12 horas no sangue, 24 horas na respiração, 72 horas na urina e até 90 dias no cabelo. Esse tempo pode variar dependendo da quantidade de álcool consumida e da frequência com que a bebida é ingerida. “Quando o consumo de álcool se torna habitual, o corpo começa a exibir sinais de que algo não está funcionando corretamente, evidenciando o impacto prolongado dessa substância na saúde”, acrescenta.
Mas afinal, quais são os sinais que o corpo apresenta após o excesso de álcool?
Um dos primeiros sinais de problemas no fígado é sentir um incômodo no lado direito do abdômen, onde o órgão está localizado. “Esse incômodo pode ser um indicativo de que o fígado está inflamado ou aumentando de tamanho. Além do incômodo, é possível sentir uma sensação de plenitude no abdômen e, em alguns casos, uma alteração na digestão. Esses sintomas podem ser decorrentes do consumo excessivo e prolongado de álcool”, alerta.
Outro sinal comum destacado pelo médico, é o cansaço extremo. Mesmo após longas horas de sono, você pode se sentir constantemente exausto. “Isso acontece porque, quando o fígado está comprometido, ele não consegue desempenhar suas funções corretamente, levando o corpo a um estado de fraqueza que o descanso não consegue aliviar”.
A cor da urina e das fezes também pode ser um indicativo da saúde do fígado. Urina de cor mais escura, quase marrom, e fezes esbranquiçadas são sinais de que o fígado está enfrentando dificuldades, possivelmente devido a problemas na produção ou excreção de bile. E mudanças na aparência, como o amarelamento dos olhos e da pele, podem indicar um estágio avançado de cirrose.
O que é cirrose alcoólica?
A cirrose alcoólica é uma das formas mais graves de doença hepática crônica, decorrente do consumo excessivo e prolongado de álcool. Essa condição causa inflamação crônica no fígado, levando à fibrose, que é o endurecimento e cicatrização do tecido hepático, e, eventualmente, à perda de função do órgão.
Com o tempo, a cirrose pode desencadear complicações como ascite (acúmulo de líquido no abdômen), hemorragias varicosas (sangramento nas veias dilatadas do esôfago ou estômago) e encefalopatia hepática (deterioração da função cerebral), e pode ser fatal se não for tratada adequadamente.
“Além disso, a cirrose alcoólica aumenta o risco de câncer de fígado. O fígado comprometido pela cirrose se torna incapaz de desempenhar suas funções vitais, como a produção de proteínas essenciais, à regulação dos níveis de açúcar no sangue e a desintoxicação do organismo. Por isso, é fundamental o diagnóstico precoce e a interrupção do consumo de álcool para evitar a progressão da doença, melhorando as chances de sobrevivência e evitar a progressão da doença”, conclui Dr. Nacif.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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