Os males do covid-19 e da pandemia como um todo são temas que, sem sombra de dúvidas, vão ficar para a história da humanidade. O que pouca gente se lembra de levar em conta são os impactos de tudo isso na infância e na saúde das crianças.
De fato, a complexidade ou multiplicidade social e psicológica desses acontecimentos merecem um estudo mais detido e muito sério. Grosso modo, podemos falar do impacto da morte de pessoas conhecidas e ao redor dos pequenos.
Com a crise do serviço de saúde e até do serviço de enfermagem no mundo todo, o sistema simplesmente entrou em colapso, mesmo que intrinsecamente sua qualidade continuasse. Não se tratava de qualidade, mas sim, de quantidade de demanda.
Em casos mais extremos, há situações de crianças que perderam o pai e a mãe, ficando sozinhas na vida, com parentes que assumiram a guarda, ou por conta de serviços sociais. Em outros casos, a perda de parentes e colegas já pode ter causado danos.
Tudo isso seria mais que suficiente para deixar marcas muito fortes na formação das crianças, especialmente aquelas que estão na primeira infância (entre 2 e 7 anos). Bem como em pré-adolescentes e no público infanto-juvenil como um todo.
Mas ainda tivemos situações piores ou igualmente negativas, como a do isolamento social e das quarentenas que acabaram se multiplicando indefinidamente. Assim, além de perder avós e pessoas amadas, as crianças já não podiam sair de casa para nada.
Os próprios pais começaram a atuar como home office e a fazer compras pelo delivery de mercado. Ou seja, as crianças já não encontravam seus colegas na escola ou na rua/condomínio, nem seus familiares prediletos.
Ademais, a própria realidade do home office e do convívio na base do confinamento também acabaram caindo como um fardo para as crianças, que geralmente têm menos suporte psicológico para administrar esse tipo de sentimento e desafio.
Por essas razões é que este assunto merece atenção, como a que damos neste artigo ao levantar a questão de quais foram os impactos da pandemia na infância. Além disso, queremos frisar alguns pontos teóricos igualmente fundamentais.
Como a importância de um acompanhamento médico ou de especialista sempre que os pais perceberem alguma mudança drástica de comportamento e, sobretudo, antes de qualquer mudança na rotina ou decisão que os pais forem tomar.
Além disso, um aspecto absolutamente essencial nisso tudo é o descanso da criança, que precisa dormir bem. Além da higiene e da boa refeição, como a de um alimento funcional, que vai desde ovo e brócolis até algumas frutas.
Diante disto, se o interesse do leitor é mergulhar de cabeça neste assunto e extrair dele várias informações ricas e até dicas práticas sobre como se posicionar perante alguns acontecimentos, então basta seguir adiante até o fim da leitura.
Por que tratar deste assunto?
Até aqui já ficou claro que se a pandemia impactou drasticamente o mundo todo e a vida dos adultos, com as crianças não tinha como ser diferente.
A questão é que as crianças têm algumas fragilidades consideráveis quando comparadas com os adultos, que já contam com uma personalidade formada e certa resistência ou resignação perante desafios, sejam os maiores ou o simples estresse corriqueiro.
Daí a importância de abordar o assunto com um enfoque especial voltado para as crianças, de modo a tentar entender o cenário com a sensibilidade que é própria delas.
Isso é verdadeiro como um todo, mas imagine no caso de pais e responsáveis que já enfrentam desafios eles próprios, como quadros clínicos de neuroses e transtornos.
Como os pais que tomam remédios manipulados para controlar quadros de ansiedade, angústia ou mesmo de depressão, conforme receitas de psiquiatras (os quais, diferentemente dos psicológicos, podem medicar seus pacientes).
No tocante à realidade da própria criança, há cenários e indícios que apontam quando algo não vai bem. Por exemplo, a recusa de seguir com a rotina, que pode incluir desde novos horários para a refeição e a higiene diária, até estudos e reuniões pelo computador.
Alguns traços que podem indicar um alerta são:
- O isolamento deliberado;
- Desregramento do apetite e do sono;
- A baixa autoestima generalizada;
- Dificuldade redobrada de atenção;
- Frases e posturas muito pessimistas.
Visto por essa ótica, fica fácil perceber que os adultos precisam se tornar um modelo a ser seguido, no sentido de serem mesmo um porto seguro.
Ou seja, eles é quem precisam assumir a responsabilidade e o papel de liderança em tempo integral, o que antes era dividido com professores, pediatras, avós e afins.
Sobre pontos estressores
Poucos já ouviram falar nos chamados pontos estressores, que são um jargão acadêmico da psicologia e da sociologia, mas eles podem fazer parte da vida de qualquer pessoa.
Tratam-se de eventos que, por sua própria natureza, certamente vão acabar ocasionando reações adversas nas pessoas. Conforme um princípio da psicologia, diante de uma situação atípica, o normal é agir de modo anormal.
Ou seja, não é saudável que uma pessoa tenha a mesma postura diante de uma situação feliz e de uma situação triste. Portanto, é compreensível que ela fique abatida, deprimida e desmotivada, mas isso precisa ter um limite e um teto em termos de reação.
Quando alguém chega a perder o controle e sua funcionalidade diária, então estamos diante de um quadro clínico, que precisa de ajuda. No caso da pandemia, alguns simplesmente viram seu caso piorar, ao passo que outros descobriram ser neuróticos.
Ou seja, já não era preciso ir até um centro de especialidades médicas para colocar a questão, pois os desafios e problemas estavam em todo canto.
Para as crianças, mesmo antes dela já havia pontos estressores, como uma mudança de escola, a perda de emprego por parte de um dos responsáveis e coisas assim.
O que a pandemia fez foi potencializar esses pontos, já que fatores como escola e emprego dos pais também foram imediatamente atingidos.
Ao mesmo tempo em que criou outros estressores, como uma nova rotina familiar e eventuais mudanças bruscas de humor dos responsáveis e afins.
O estresse crônico ou tóxico
Quando se fala em cronificação na área da saúde mental ou mesmo do corpo, o que se tem é um quadro em que determinado fator se torna invariável e cada vez mais difícil, ou mesmo impossível de reverter.
Daí termos como câncer crônico ou obesidade crônica. No caso psicológico, o que temos é uma fixação cada vez mais dolorosa e complexa, cuja manifestação mais comum é o estresse diário, que vai se agravando até não depender mais da circunstância externa.
Ou seja, a pessoa sofre mesmo que esteja “tudo bem”. Se ela não consegue entrar com conversação, medicação e um profissional de saúde ocupacional em parceria com o psicólogo, o efeito imediato será o do ambiente tóxico.
Isso quer dizer que, além do paciente, todo mundo tende a sofrer com aquele quadro, sobretudo crianças e adolescentes. Lembrando que as próprias crianças também podem passar por estresse tóxico, igualmente comprometendo o ambiente todo.
A rotina e a alimentação
Ao falar sobre o impacto da pandemia na infância e tentar apontar algumas soluções, quando ainda se sente que não é necessariamente preciso entrar com ajuda especializada, há dois pontos que se sobressaem, sendo estes da rotina e da alimentação.
No primeiro caso, acordar na hora, fazer a higiene, alimentar-se de modo regrado e pontual, além de fazer as atividades e descansar bem, são fatores que podem ajudar e muito.
Muitas vezes, basta essa mudança para a melhoria já começar a acontecer e mostrar que o que parecia ser um processo de cronificação, era só um sinal para trazer a mudança.
Sobre a alimentação, saiba que não é necessário um nutricionista esportivo para poder fazer um almoço ou jantar melhores, apenas em casos específicos.
No começo do artigo, falamos sobre alimentos funcionais, que são aqueles que cumprem um papel salutar de equilibrar as funções hormonais, metabólicas e fisiológicas do corpo, impactando também a dimensão psicológica de crianças e adultos.
Sobre a ajuda especializada
Por fim, além de entender os pontos estressores, o risco de cronificação neurótica e o papel da rotina e da alimentação, é preciso frisar novamente a necessidade de saber a hora de pedir ajuda de um médico ou especialista, por conta dos efeitos da pandemia.
Uma vantagem foi a de que com a quarentena vários serviços digitais se especializaram muito mais, ajudando as pessoas a recorrerem a eles.
Por exemplo, as compras ficaram mais fáceis, oferecendo desde delivery de comida até produtos como cosméticos orgânicos.
O mesmo vale para a área da saúde, então é sempre bom fazer uma videoconferência com um terapeuta familiar ou qualquer outro especialista, reportando suas maiores dificuldades.
Considerações finais
O ser humano é complexo demais para ignorarmos o quanto a pandemia pode impactar em sua psicologia, especialmente quando falamos das crianças e adolescentes.
Com os conceitos e conselhos práticos trazidos acima, fica mais fácil e mais seguro compreender quais foram esses impactos e como se posicionar diante deles.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
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