Uma prescrição mais conservadora para o pessoal que sofre com artrose no joelho envolve práticas na água ou outras que basicamente tiram a gravidade de jogo – a ideia é não sobrecarregar uma cartilagem já baleada. Só que cientistas da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia testaram, ao longo de um ano, um treino de impacto progressivo em 40 mulheres com osteoartrite. De maneira simplificada, elas começavam subindo uma plataforma e, conforme evoluíam, passavam a dar alguns saltos (tudo supervisionado por profissionais).
Aí veio a novidade: em relação a participantes com o mesmo problema, mas que não frequentavam as aulas, as primeiras apresentaram uma articulação mais preservada. “Esse tipo de treinamento, quando bem orientado, parece inclusive melhorar a integridade da cartilagem”, explica Marco Aurélio Vaz, educador físico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mas tem um porém. Os próprios pesquisadores ressaltam no artigo que o treino em questão ainda não está liberado para os indivíduos com osteoartrite moderada ou severa. “Até porque, nos casos mais graves, os pacientes mal conseguem caminhar direito”, afirma Vaz.
Como era o treino
+ Agilidade: além de impacto, o método contemplava mudanças de direção a todo momento. Tudo pra reforçar as juntas.
+ Intensidade progressiva: É talvez o ponto mais crucial. As sessões se tornavam intensas aos poucos. Isso para dar tempo de o corpo se adaptar.
+ Acompanhamento: Nada de sair pulando por aí sozinho. Gente com artrose precisa seguir um programa de malhação criado por um educador físico.
+ Regularidade: As integrantes do estudo suavam a camisa três vezes por semana. Contudo, tal ritmo pode variar de caso para caso.
+ Impacto: Subir plataformas e, com o passar do tempo, experimentar uns saltos são o diferencial desse programa de reabilitação.
Fonte: Mulher Abril
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