As doenças reumáticas são silenciosas e de difícil diagnóstico. No Brasil, já atingem 12 milhões de pessoas, alerta a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Diferente do que muita gente pensa, o popular ‘reumatismo’ termo condenado pelos especialistas afeta não apenas idosos, mas pessoas de todas as idades.
Dados da Previdência Social mostram que as dores na coluna e os problemas nas vértebras, como hérnias e transtornos de discos intervertebrais, foram a maior causa de afastamento do trabalho no ano passado: 199.260 mil casos. São mais de 120 doenças reumáticas diferentes. Entre as mais frequentes está a artrite reumatóide.
A média em que os brasileiros relatam sofrer da doença é 39 anos, no auge da vida produtiva, revelou pesquisa divulgada recentemente pelo Instituto Nielsen para a Pfizer. A maioria das vítimas são mulheres (67%), 37% entre 18 e 44 anos, ou seja, jovens ainda. Ao todo, 35% disseram que a doença abalou sua vida profissional, 14% se aposentaram antes da hora e 17% tiveram que pedir demissão.
O médico Geraldo Castelar Pinheiro, membro da Comissão de Artrite Reumatóide da SBR, esclarece que ‘reumatismo’ não é uma doença, nem ao menos uma palavra. “Por existir um leque de possibilidades tão extenso, é que não se pode dizer que essas doenças acometem mais os idosos. São 120! Algumas delas afetam mais homens, outras, mulheres”, explica.
Outras conhecidas são osteoartrite (artrose), espondiloartrites, osteoporose, fibromialgia, gota e lúpus. Apesar da variedade, as doenças reumáticas são tratadas atualmente por apenas cerca de 2,2 mil profissionais no país.
Estudo realizado na Cidade do México mostra que o médio de espera entre o início dos sintomas e o diagnóstico final da doença é de mais de três anos. “Falta informação da população e formação de médicos de atenção básica. Muitas vezes, os sintomas são confudidos com simples inflamações. A pessoa toma um anti-inflamatório, acha que melhora, mas só está mascarando os sintomas”, explica o presidente da SBR, César Baaklini.
Fonte:O Dia IG
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