Portal O Tempo faz matéria sobre doenças reumáticas – Conjunto de mais de 200 doenças atinge todas as faixas etárias – inclusive crianças – e pode ser mais grave quando afeta mais jovens
Portal O Tempo faz matéria sobre doenças reumáticas
Ao contrário do que pode dar a entender o senso comum, o reumatismo não acomete somente pessoas idosas e pode acontecer em todas as faixas etárias, como explica a diretora científica da Sociedade Mineira de Reumatologia, Ana Flávia Madureira. “Geralmente, inclusive, elas são mais graves em pessoas novas”, acrescenta.
Não se sabe ao certo o que pode causar essas doenças, mas fatores genéticos, traumatismos, obesidade, sedentarismo, estresse, ansiedade, depressão e alterações climáticas podem estar entre os motivos. Todas elas, no entanto, têm tratamento e, descobertas no início e acompanhadas de maneira correta, não implicam em limitações para o indivíduo.
- Eu tenho artrite reumatoide, meus filhos irão ter?
“O que todas as doenças reumáticas têm em comum são a dor persistente nas articulações, mas cada uma tem sua peculiaridade, por isso é muito importante procurar um reumatologista o quanto antes, porque, quanto mais cedo ela for identificada, melhor para o paciente, afinal são menores as chances de o quadro evoluir para alguma sequela. Quem é tratado de forma adequada tem muito mais qualidade de vida”, pondera Ana Flávia Madureira.
Artrite na juventude. A médica acredita que a associação das doenças reumáticas à terceira idade se deva ao fato de que duas das doenças mais comuns desse espectro – a artrite reumatoide e a artrose – sejam prevalentes em pessoas com mais de 60 ou 70 anos. “Mas não são quadros exclusivos dos idosos”, afirma.
É o caso da professora Adriana Nogueira Resende Mourão, 43, que recebeu o diagnóstico de artrite reumatoide com apenas 28 anos. “Uma das coisas que eu mais ouvia era ‘você é tão nova, reumatismo é doença de velho!’”, lembra, contando que, quando a doença se manifestou com mais intensidade, precisava de ajuda até para pentear os cabelos. “Joelhos, mãos, cotovelos, ombros, praticamente tudo doía. Até mesmo o maxilar, teve uma época em que eu não conseguia mastigar”, diz.
Espondilite anquilosante. Atinge a articulação sacroilíaca, no osso da pélvis, causando muita dor na coluna – sobretudo de manhã, ao acordar. Pode levar a deformidades nas articulações ou na coluna, a ponto de se perder a rotação cervical (ficando incapaz de mover o pescoço). Atinge principalmente homens jovens, em torno de 20 anos.
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Atividade física é uma aliada para o tratamento
Desde que foi diagnosticado com espondilite anquilosante, o engenheiro eletricista Antônio Narciso, 31, tem os exercícios físicos como parte da sua rotina. “Hoje, meu tratamento consiste basicamente em alguns medicamentos e atividade física”, comenta ele, que faz musculação e joga futebol uma vez por semana, mas já teve momentos em que esteve ainda mais ativo, em que fazia esportes radicais como a escalada.
A professora Adriana Nogueira Resende Mourão, 43, que tem artrite reumatoide, também não abre mão de se exercitar. “A minha médica sempre recomenda, e realmente eu percebo que dá muito resultado, porque, quanto mais parado se fica, mais as articulações ficam rígidas. No momento, faço musculação e exercícios aeróbicos, e isso me ajuda muito ter mais bem-estar”, comenta, observando que são exercícios adaptados à sua condição, de modo a não sobrecarregá-la.
A atividade física é muito importante para quem tem quadro de doença reumática, como esclarece a diretora científica da Sociedade Mineira de Reumatologia, Ana Flávia Madureira. “O exercício pode até diminuir as doses de medicamentos e evitar internações. No caso da fibromialgia, inclusive, a atividade física é a mais importante forma de tratamento”, afirma.
- Sinais de reumatismo
Dificuldade para se movimentar ou rigidez nas articulações ao acordar.
Diminuição da flexibilidade na coluna ao calçar sapatos.
Limitação ao pentear os cabelos.
Dificuldade para escovar os dentes.
Dor, inchaço e calor nas articulações.
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