Descobri que havia algo errado com o meu corpo aos 37 anos, quando rotineiramente sentia dores. A princípio achei que tinha a ver com a falta de exercícios físicos, vida sedentária. Mas fiquei realmente preocupada quando me vi passando noites sem dormir com dores inexplicáveis e agudas. Consultei um médico clínico geral que logo constatou que era portadora de Artrite Reumatoide, porém, não me encaminhou para nenhum especialista e , sendo assim, fui fazendo uso apenas de analgésicos.
Com o passar do tempo senti os sintomas piorarem, foi quando consultei pela primeira vez um reumatologista que logo recomendou o uso do medicamento Metrotexato. Infelizmente, após 4 meses de uso deste medicamento comecei a ter muita queda de cabelo. Muita mesmo. Consultei um novo reumatologista que ofereceu a segunda opção que seria o uso de Leflunomida. Uso este medicamento há 6 anos. Porém, durante este período cometi um erro. Não fiz um acompanhamento médico regular. Tenho um amigo que é neurologista o qual sempre me dava receitas e fui levando desta forma. Resultado: aos poucos percebi sequelas na minha mão direita, que agora está bastante evidente. Achei que não tinha o que fazer com relação a este problema até que assisti a uma palestra médica promovida por este canal onde o médico afirmou que, se existe crescimento de deformidades é porque a artrite está ativa e deve ser revisto o medicamento.
Agora iniciei novo acompanhamento com uma reumatologista de Curitiba Drª Bruna Chu, a qual recomendou o uso de Golimumabe, um medicamento biológico. Iniciarei ainda neste mês. Estou aguardando a liberação pela Secretaria de Saúde. Bem, na condição de portadora desta doença, posso dizer que a vida ganhou novos sentidos e novos valores. Uma das coisas, por mais que pareça clichê, é valorizar e agradecer por cada dia. E não se desesperar nos dias ruins, tendo sempre a fé, aguardando pelos dias melhores. O fato hoje que mais me entristece com a doença é a deformidade em minha mão direita. Sou pianista. Estou ainda estudando piano e leciono este instrumento para alunos iniciantes.
Tocar piano me faz muito bem, sinto que, neste momento, ganho asas. Faço vários exercícios de relaxamento e consigo executar as músicas. A sonoridade das notas não está prejudicada com a artrite, mas a estética das mãos nunca mais será a mesma. Sendo assim, em todos os lugares onde me apresento tenho que contar sobre o meu problema. Também tenho que comentar isso com os meus alunos, sempre utilizando a minha mão esquerda como exemplo. Tenho muito medo de piorar e no futuro não conseguir tocar mais.
O meu objetivo agora é lutar para que isso não aconteça. Também estudo canto lírico, fato este que me enche de alegria e esperança. O recado que deixo para todos é que procurem sempre algo prazeroso para fazer, mudem de profissão se necessário, arrisquem-se em novas aventuras e desafiem os seus limites.
Me chamo Sonia Kasdorf, tenho 46 anos, convivo com a artrite reumatoide há 9 anos, sou empreendedora na área musical, moro em Palmeira – PR.
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